sexta-feira, março 31, 2006

reorganização da administração central (PRACE)

Depois do Simplex, chega-nos agora o PRACE – Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.
Toda a Comunicação Social faz eco desta iniciativa do governo. O mote é as 187 estruturas que serão extintas e, os funcionários excedentários que daí resultam.
O raciocínio é simples. Se vão ser extintas 187 estruturas e se em cada uma delas trabalham em média, por exemplo, 400 trabalhadores, teremos um quadro excedentário de 187x400=74.800 funcionários públicos.
Teremos assim “menos Estado” e todos batem palmas
A mensagem que o governo quer fazer passar para a opinião pública será precisamente esta, como se poderá deduzir atendendo aos exemplos dados pelo primeiro-ministro aquando da sua apresentação pública.
Infelizmente este raciocínio não é correcto e, a “reestruturação” que agora se propõe está longe de provocar uma redução de efectivos. Trata-se sobretudo de uma Reorganização de Serviços da Administração Central e, não tanto de uma efectiva Reestruturação.
Os nossos jornalistas e comentadores, que raramente fazem o “trabalho de casa” e não são dados a grandes esforços de análise, vão alimentando acriticamente mais esta operação de marketing do governo.

Na realidade, a extinção de 187 organismos, não significa que as funções neles exercidas sejam extintas.
O que a Macroestrutura que veio a público nos diz, é que aqueles organismos se concentram, se juntam a outros e que em sua esmagadora maioria não haverá qualquer extinção de funções.
Vejamos alguns exemplos: Na Macroestrura da Presidência do Conselho de Ministros agora apresentada, onde existiam 2 unidades, o Instituto Português da Juventude e o Conselho Superior da Juventude, pela sua fusão, passa a existir apenas o Instituto Português da Juventude. Isto é, extingue-se a unidade mas não as suas funções. No Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde existiam 3 unidades, Direcção Geral de Política Externa, Comissão Interministerial de Política Externa e Comissão Nacional da Unesco passa a existir apenas uma, a Direcção Geral de Política Externa, englobando os serviços e funcionalidades extintos. No Ministério de Defesa Nacional, onde existiam 2 unidades, a Direcção Geral de Infraestruturas e Direcção Geral de Armamento e Equipamento de Defesa, passa a existir apenas a Direcção Geral de Equipamento e Infraestruturas de Defesa. No Ministério da Cultura, onde existiam o Conselho Nacional de Cultura, Conselho Nacional de Direito de Autor, Conselho Superior de Bibliotecas, Conselho Superior de Arquivos e Conselho Superior de Museus, passa a existir apenas o Conselho Nacional de Cultura. Aqui, de 5 estruturas passou-se para 1. E assim por diante.
São criados por outro lado, dois novos organismos em cada ministério, aqui sim com um aumento efectivo de funcionários, o Controlador Financeiro e o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais.

Em resumo:
1- A reestruturação apresentada, não é mais do que a reorganização interna dos serviços da Administração Central.
2- O sentido que lhe é dado foi a concentração de Serviços.
3- A sua lógica não está dirigida para o exterior mas sim para o seu interior. Não se poderá afirmar que esta reorganização de serviços favorece o “cliente”, o cidadão comum, nos seus contactos com a Administração.
4- Está longe de se provar que esta reorganização de Serviços acarrete uma maior eficácia e ganhos de produtividade e que se manifeste positiva a concentração de serviços nela enunciada.
5- Trata-se de uma Macroestrutura, pelo que só daqui a alguns meses, aquando da apresentação da Microestrutura, na qual se subdivide organicamente cada uma das estruturas agora enunciadas e se afecte o pessoal necessário ao exercício das suas funções, se poderá avaliar se esta nova estrutura dispensa ou necessita de um maior número de funcionários. Uma coisa é certa, em qualquer reestruturação de serviços semelhante, salvaguardadas as devidas distancias, efectuada por qualquer Câmara Municipal, verificou-se sempre um acréscimo de funcionários.
6- Poder-se-á concluir que a Reforma da Administração Pública continua por fazer, e que esta reorganização de serviços se limita a mudar de “visual”a Administração, sem uma efectiva Reformulação dos Serviços e Funcionalidades do Estado.

quinta-feira, março 30, 2006

luda dobrokhotova


Moscow Fashion Week (29.03.06)

quarta-feira, março 29, 2006

vieira da silva

irresponsáveis...


A 5 de Março de 2004, José Sócrates, então deputado, apresentou um requerimento à Assembleia da Republica insurgindo-se contra o encerramento das maternidades da Guarda, Castelo Branco e Covilhã previsto pelo governo de então.
Rezava assim o dito requerimento:
Cinco maternidades da região Centro podem vir a fechar devido a uma reestruturação que o Ministério da Saúde está a ponderar para a zona (…) Se fecham as maternidades da Guarda, da Covilhã e de Castelo Branco, parece-me que a mais próxima para nós (da Covilhã à Guarda) deve ser a Ciudad Rodrigo…e em Castelo Branco, se calhar é Portalegre(se ainda tiver) ou Abrantes(se ainda tiver), ou então Cáceres…A concretizar-se esta hipótese ficariam os distritos de Castelo Branco e guarda sem qualquer maternidade”.
A 25 de Março de 2006, o mesmo José Sócrates, hoje primeiro-ministro, justifica assim o encerramento das mesmas maternidades “Quando defendemos o encerramento de blocos de partos sabemos da dificuldade que isso representa para algumas cidades. Mas defendê-mo-lo em nome da saúde materno-infantil”.




bernard augier

outros tempos, outros vinhos

(14,0cmx10.3cm)

terça-feira, março 28, 2006

política espectáculo


Não bastou a Sócrates anunciar, em conferência de imprensa após um conselho de ministros, o chamado “plano simplex”, ou na linguagem do governo a “desburocratização do Estado” em 330 medidas.
Dando de barato que, por exemplo, mais de 7 dezenas destas medidas se resumem a “disponibilizar na Internet formulário electrónico” e, pelo menos outras tantas, se resumem a “desmaterializar e simplificar os processos de…” que como se vê são apenas meras intenções, e tendo por princípio que qualquer acto de desburocratização é sempre bem vindo, o aparato com que estas medidas foram anunciadas fazia prever que se tratava de facto de uma profunda desburocratização do Estado.

Infelizmente, verifica-se ser o embrulho muito mais luxuoso que seu conteúdo, ficando este pacote de medidas muito aquém das necessidades do País.

Foram no entanto anunciadas ao mais puro e tradicional comportamento festivaleiro do PS, num espaço teatral de excelência, com cartazes, flores e demais enfeites. Os custos de tão luxuosa apresentação, claro está, serão os contribuintes a suportar com os seus impostos. Mas isso é coisa de somenos para os nossos governantes.
Não se dão conta os nossos despreocupados representantes do povo, que as acções apresentadas de modo simples transmitem uma maior autenticidade que quando oferecidas com grande espectáculo.
O mais importante para estes senhores parece consistir no espectáculo em si mesmo e não na execução do que se propõe.

matteo savatteri

segunda-feira, março 27, 2006

menos Estado ou mais Estado


Afinal o governo já não vai extinguir os 18 governos civis.
A nova próxima legislatura, que é como quem diz, um outro governo, um outro parlamento, outros ministros e muito provavelmente um outro primeiro-ministro, se encarregará do caso. Ou, em linguagem mais simples e transparente, Sócrates meteu definitivamente esta medida, anunciada dias antes com pompa e circunstancia, na gaveta.
Ao contrário, anuncia que vão ser criadas 5 regiões administrativas.
Em resumo, em vez de menos Estado, irá acontecer precisamente o inverso. Vamos ficar com as estruturas dos 18 governos civis mais as estruturas das 5 novos governos regionais.
Não sei onde é que isto se enquadra no Plano Tecnológico, mas Sócrates sabê-lo-á seguramente.
Quem poderia acreditar, que o corajoso arauto da desburocratização, o destemido defensor das reformas do aparelho de estado, o audaz combatente do défice público, recuasse deste modo.
Bem certo estávamos, quando logo após o anuncio destas medidas afirmámos no Post que aqui colocámos:

Ao que parece, num estudo sob a reforma administrativa encomendado pelo Governo, manifesta-se a intenção de extinguir 18 governos civis, reduzindo-os para cinco.Sendo que da teoria à prática vai uma grande distância, só nos resta esperar para ver.O estranho, para qualquer cidadão, terá sido a não extinção destas estruturas logo após o 25 de Abril.Como sabemos, eles constituíam um órgão dos governos de Salazar, com o objectivo primeiro de assumir localmente o controlo político do País. Estavam em ligação directa com a PIDE e deles emanavam as ordens de busca e de prisão aos opositores do regime.A não extinção destes órgãos do estado, só deverá ter uma leitura, conhecendo como conhecemos a voracidade da nossa classe política, aproveitar-se a existência daqueles órgãos como armazéns de colocações bem remuneradas de secretários, adjuntos, assessores, consultores, etc, e assim aumentar o leque de “emprego” às suas insaciáveis clientelas partidárias.A não ser que, por troca, sejam criados outros organismos “ regiões administrativas” que suportem igual ou maior número de “lugares”, tenho muitas dúvidas quanto à concretização destas propostas.



katarzyna widmanska

outros vinhos...

outros tempos...

sexta-feira, março 24, 2006

Sócrates e as mulheres

José Sócrates e José Luis Zapatero assinaram quinta-feira, em Bruxelas, uma petição que apela a uma acção comunitária «urgente» contra o tráfico e a prostituição forçada de mulheres na Alemanha durante o Campeonato do Mundo de Futebol.

irresponsáveis...



Correia de Campos, o “iluminado” ministro da saúde, prometeu autorizar os pagamentos das intervenções voluntárias da gravidez em clínicas privadas nos casos de recusa dos hospitais públicos.
Decidiu agora recuar, alegando que a politica é a arte do possível.

Nota: É que eles já nem se preocupam em apresentar argumentos. A ligeireza com que desdizem hoje o que afirmavam antes é de pasmar!

classe politica


Qualquer que seja o governo, eu já tive essa experiência, vai usar a CGD como instrumento de participação em empresas que considere estratégicas. Sobretudo com Bruxelas a proibir as “golden shares”. Quanto mais problemas a Comissão Europeia colocar à participação directa, mais reforça a apetência dos governos para utilizarem a Caixa como instrumento de participação em empresas estratégicas.

NOTA: Palavras de Mira Amaral numa entrevista ao Independente.
1º- Onde se lê “empresas estratégicas”, deve ler-se, “empresas que proporcionam lugares com vencimentos avultados”, (Fernando Gomes, António Vitorino, Armando Vara, entre muitos outros exemplos).
2º-Onde se lê “quanto mais problemas a CE colocar” deve ler-se: “quanto mais a CE pugnar por um desenvolvimento económico aberto e livre de proteccionismos”.

classe politica

O presidente da Junta de Turismo da Costa do Estoril, Duarte Nobre Guedes, apresentou facturas de várias despesas realizadas a título, pessoal. Entre as quais a estada no Algarve num hotel de luxo quando o filho participou num torneio internacional equestre e a deslocação de um professor de equitação vindo de França. Há também despesas com ramos de flores para a mulher, compras de roupas em lojas de referência e recibos de hotéis e restaurantes de luxo. (No Independente)

outros tempos...

título de vilão


O último relatório do Center for European Reform (CER), com base nos resultados entre 2004 e 2005, no quadro das reformas económicas, apresenta Portugal com uma queda de dois lugares, situando-se agora na 18.º posição.
O CER atribuiu ainda três “títulos” de “vilão” a Portugal, devido aos preços excessivos cobrados nas telecomunicações, ao peso da burocracia sobre as empresas e à fraca qualificação de mão de obra.

joris vandaele

Julio Pomar

outros tempos

quinta-feira, março 23, 2006

alain deljarrie

palavras para quê...

Os trabalhadores do Banco Comercial Português (BCP), em plena euforia da OPA sobre o Banco BPI, estiveram a subscrever acções a 1,26 euros, ou seja, a metade do valor da actual cotação. O ganho potencial «per capita» é de 30 mil euros, noticiou o Jornal de Negócios.
A valorização do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto desde o anúncio da OPA permite a mais de mil quadros do banco estar a registar um ganho potencial de 34 milhões de euros, ou seja, um ganho "per capita" de 30,7 mil euros. Isto porque, no dia 20 de Fevereiro, o conselho de administração do BCP deliberou dar execução ao seu programa de "stock options".
Na imprensa de hoje.

Sócrates e as mulheres

No Parlamento vota-se hoje a velha questão das “quotas”. Em Espanha metade do executivo é constituído por mulheres, por cá, Sócrates conta apenas com duas no seu governo. Tratam-se de “escolhas pessoais” diz o primeiro-ministro. O que, por outras palavras, significa: faz o que eu digo não faças o que eu faço.

beijinhos e abraços

O primeiro-ministro, José Sócrates, terá tido conhecimento, em 2001, dos esquemas usados no âmbito do ‘Saco Azul’ de Felgueiras, sem que tenha tomado qualquer iniciativa para suprimir as alegadas ilegalidades com dinheiros públicos para financiar actividades de interesse privado e partidário.
Acusação de Horacio Costa, militante do PS de Felgueiras

vinho do porto (col.rót.)

Abel Manta

quarta-feira, março 22, 2006

Agricultura Arruinada


Tem havido um alheamento total por parte de quem nos tem (des)governado nos últimos anos ou décadas, relativamente à agricultura. Os serviços do ministério da agricultura, que possuem milhares de técnicos, nunca se deram ao trabalho de, junto dos municípios e em colaboração com eles, procederem ao levantamento dos terrenos concelhios para, baseados nas suas características geológicas, conhecerem quais as suas melhores aptidões agrícolas, (isto nada tem a ver com os Planos Directores Municipais que apenas definem zonas agrícolas, urbanas, florestais, etc). O objectivo seria a elaboração de um mapa do território municipal, onde se definisse com rigor, a potencialidades de cada parcela para esta ou aquela cultura, face à globalização e aos critérios de competitividade económicos.
Posteriormente, haveria que dar incentivos, a todos os agricultores que, nos seus terrenos, cultivassem as variedades de culturas recomendadas pelo estudo. Os municípios por sua vez, com o apoio do ministério, procurariam fazer os emparcelamentos nas zonas de minifúndio e, por outro lado, favorecer e estimular a criação de corporativas de agricultores com a prestação do apoio técnico indispensável.
A agricultura nacional sempre andou ao abandono, nunca se equacionando qualquer projecto para ela. Os governos limitaram-se a distribuir os dinheiros vindos de Bruxelas a uma minoria de “latifundiários” que vêem desenvolvendo apenas uma agricultura de ocasião de cariz especulativo.
Agora que se avizinha o termo das ajudas financeiras de Bruxelas, clamam por del-rei porque se deram conta de como a nossa agricultura se encontra arruinada.

sempre os mesmos...

A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deixou caducar uma alegada dívida de IRS superior a 740 mil euros ao contribuinte António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal,«Diário de Notícias».

Mais Um...

António Vitorino foi escolhido como novo administrador da EDP.

Cegas Euforias


Entretido como anda o governo, com os anúncios de “investimentos”, com as opas e contra opas, com o festim dos super lucros das grandes empresas, nem se dá conta da acelerada debandada das pequenas e médias empresas estrangeiras instaladas no nosso País.
Para os nossos economistas, políticos e comentadores que todos os dias opinam na comunicação social, tudo não é mais do que a inevitável e inultrapassável concorrência asiática.
Não colocam sequer como hipótese, que este abandono, tem como uma das causas o agravamento dos impostos, da energia, das telecomunicações, da água, dos transportes, dos combustíveis, etc, que tornam sufocante a sua permanência em Portugal, onde todos estes custos são significativamente mais caros do que na maioria dos países europeus.
Não será de estranhar portanto, que a euforia e o cego optimismo manifestado pelo governo, sejam vistos aos olhos dos portugueses como atitudes completamente ridículas e irresponsáveis.
Os portugueses sentem que as dificuldades por que passam tendem a agravar-se e que a crise económica que o País atravessa tende a piorar, com o governo a “olhar para o lado” e a fingir que é rigoroso.

Michel Charles

terça-feira, março 21, 2006

Ocupação do Iraque



Manifestação de protesto contra a guerra no Iraque no terceiro aniversário da ocupação, Barcelona.

Governos Civis


Ao que parece, num estudo sob a reforma administrativa encomendado pelo Governo, manifesta-se a intenção de extinguir 18 governos civis, reduzindo-os para cinco.
Sendo que da teoria à prática vai uma grande distância, só nos resta esperar para ver.
O estranho, para qualquer cidadão, terá sido a não extinção destas estruturas logo após o 25 de Abril.
Como sabemos, eles constituíam um órgão dos governos de Salazar, com o objectivo primeiro de assumir localmente o controlo político do País. Estavam em ligação directa com a PIDE e deles emanavam as ordens de busca e de prisão aos opositores do regime.
A não extinção destes órgãos do estado, só deverá ter uma leitura, conhecendo como conhecemos a voracidade da nossa classe política, aproveitar-se a existência daqueles órgãos como armazéns de colocações bem remuneradas de secretários, adjuntos, assessores, consultores, etc, e assim aumentar o leque de “emprego” às suas insaciáveis clientelas partidárias.
A não ser que, por troca, sejam criados outros organismos “ regiões administrativas” que suportem igual ou maior número de “lugares”, tenho muitas dúvidas quanto à concretização destas propostas.

Van Lieshout

segunda-feira, março 20, 2006

Fundações


A Fundação Mário Soares foi subsidiada entre Fevereiro de 2002 e Julho de 2005, em 867. 055,94 euros pelos ministérios da Defesa, da Cultura, da Administração Interna, ou ainda através do Governo Civil do Distrito de Leiria, do Instituto do Emprego e Formação Profissional e pela Presidência do Conselho de Ministros.

Mourinho


Mourinho perde com o Fulham.

Que discutirão eles?


NATO Secretary General Jaap de Hoop Scheffer speaks alongside U.S. President George W. Bush during their meeting at the White House Oval Office in Washington, March 20, 2006.

Manifestação dos estudantes Franceses

Estudantes manifestam-se em França contra as novas leis do trabalho.

domingo, março 19, 2006

José Alvares

Olga Gouveia

classe politica

António Vitorino, de há uns tempos para cá, parece ter-se abdicado de causas maiores. Será que as suas implicações no caso "eurominas", politicamente agora ilibado pela comissão da AR por maioria PS, terá algo a ver com a renuncia, há tempos atrás, da sua candidatura a secretário geral do PS, ou mais tarde, da sua candidatura à presidência da republica?
O caso “eurominas” é um caso de polícia e de Ministério Público.
Não se compreende, por que razão cabe aos políticos, averiguar os casos de suspeita de corrupção que sobre eles incidem. Sobretudo quando maiorias absolutas, sejam elas quais forem, impedem o avanço dos processos visando um maior esclarecimento.
Será que os políticos estão acima da lei e eles entre si, perdoam-se e ilibam-se a si próprios? Será que há uma “justiça” para os políticos, em casa própria, e outra para os cidadãos comuns?

sexta-feira, março 17, 2006

Inocência

Espírito Pequeno-burguês...

A propósito de uma bandeira do PSD que aparece na biografia do Presidente da Republica no site oficial da presidência, insurgiu-se pelo facto, o Blog “ O Jumento”, dedicando um “editorial” ao assunto. Dos comentários, a este propósito, ali reproduzidos transcrevo alguns, por considerar típicos da “esquerda” que por cá temos.


"A tão divulgada independência e isenção do Presidente de Alguns Portugueses, está à vista.
Nomeações todas ou quase todas com o cartão laranjinha (houve uma com o cartão azul e amarelo com a bola ao centro) para o Conselho de Estado(CE), nomeações para assessores com o crivo do cartão laranja!"(assina Platero).


"Este homem que foi um mediocre 1º ministro, mas que teve a sorte de governar em periodo de fartura, que é considerado pelos de memória curta, um salvador, não é mais do que uma enorme fraude. A pseudo independência que quis evidenciar na campanha não foi mais do que camuflagem para enganar os incautos. Vamos, lamentàvelmente, ter cinco anos de falta de isenção e mediocridade." (assina Equinócio).


"contrariando a opinião geral, não considero - e não consiridarei nunca - que este é o meu presidente da república...está colado ao psd e tudo fará para que esse partido seja poder...não é isento, não é sério, não é competente.....basta ver as escolhas que fez para o c. e."
(assina luikki).


Torna-se difícil, dada a “elevação” política desta polémica contradizer o que quer que seja. Resta-me manifestar o meu desacordo desancando no espírito pequeno-burguês que sempre detestei.
A pequeno burguesia, sempre foi e continuará a ser demasiado mesquinha, ávida de privilégios, possuidora dos mais rancorosos ódios políticos, sectária, dissimulada, indolente e preguiçosa, pouco rigorosa e festiva. A dita "esquerda " não é mais que a nossa pequena burguesia com todos os seus defeitos. Despreza "teoricamente" todas as "regalias" da burguesia mas está sempre pronta a colher tais benefícios. (por uma "causa" maior naturalmente). O PS é o partido português onde a pequena burguesia se encontra representada. É tipicamente um partido pequeno-burguês.
Infelizmente, de há muito que se deixaram de discutir questões ideológicas neste país, com os partidos políticos discutindo tácticas entre si mas fugindo de discussões ideológicas a sete pés.
Bons e maus, esquerda e direita, a isto se resume a discussão política em Portugal. E colocam-se nestas discussões a mesma emoção que numa qualquer discussão futebolística.

quinta-feira, março 16, 2006

Corrupção activa e Consciente


Sem dúvida que o Estado é gastador e despesista, mas não tanto por uma má gestão “rotineira e inconsciente”.
Ao longo dos últimos anos foram criadas centenas de empresas municipais, institutos, comissões, etc, ao sabor do poder político, substituindo serviços da função pública e sem qualquer vantagem de eficácia de gestão.
Mas a criação destes organismos não foi inocente. Dezenas e dezenas de milhares de indivíduos oriundos das clientelas partidárias, da nossa classe política, vieram assumir a gestão destes organismos, a sua maioria sem qualquer formação adequada ou curriculum apropriado. Gozando de vencimentos principescos e múltiplas regalias ocuparam os seus cargos por nomeação politica.
A nossa classe política ergueu este edifício corrupto e goza dos seus privilégios. Pouco se tem preocupado com o rigor ou a eficácia destes organismos; interessa-lhe sobretudo os lugares que eles proporcionam.
Recuso-me a entrar na mistificação de que é apenas má gestão. É corrupção activa e consciente.

até quando?


Nunca o país foi tão infeliz. Com os principais órgãos da comunicação social completamente castrados e incapazes de alertar os cidadãos do estado corrupto em que vivemos e da manipulação política de que somos vitimas.
"E vão longe os tempos do capitalismo puro e duro, os tempos das revoluções e dos partidos comunistas, nesse tempo os mais ricos tinham pudor e evitavam a exibição ostensiva da riqueza, por caridade católica ou por pudor protestante, agora tudo serve para a exibir, desde a memória usb ao telemóvel, tudo serve para incrustar diamantes. Agora já não há revoluções, o PCP lambe as feridas elogiando a triste memória do Milosevic, os pobres apagam os seus sonhos nas sextas-feiras do Euromihões, os ricos inventam novas soluções para exibir a riqueza. Os ricos fazem apostas nos derbys da bolsa, tomam partido pelo Belmiro ou pelo Ricardo Salgado, os pobres aguardam nervosos o Sporting-Porto" (blog o jumento).

Ocupação da Palestina

Prisioneiros palestinianos obrigados a despirem-se após o assalto israelita à cadeia de Jericho.

Os Sinais...


O Estado gastou em 2005, 843 milhões de euros!!!, mais de 160 milhões de contos em serviços fora da Administração, como "estudos, pareceres e projectos de consultadoria, Mais 108 milhões de euros do que em 2004.
A rubrica “aquisição de serviços”, subiu em 2005, mais 14,8% do que no ano anterior.
Os Encargos Gerais do Estado, onde se inclui por exemplo, a Presidência do Conselho de Ministros (ministros e secretários de estado), Centro de Gestão da Rede de Informática do Governo, Gabinete Nacional de Segurança, Instituto da Comunicação Social, subiu em gastos de pessoal mais 12,8% que em 2004.
Ao mesmo tempo são pagos, 500.000 euros por semana (595 contos por hora), à sociedade de advocacia de José Miguel Júdice por "estudos" relativos ao processo privatização da GALP.

quarta-feira, março 15, 2006

mais uma originalidade à portuguesa


Correia de Campos, um dos iluminados ministros de Guterres, perdão, de Sócrates, vai encerrar o Hospital de Elvas.
Assinou já um protocolo com o Hospital de Badajoz onde passarão a realizar-se os partos de crianças portuguesas.
Que nacionalidade terão os bébés nascidos em Badajoz? Ao que parece terá ficado firmado no dito protocolo que serão portugueses.

Pascal Renoux

Cristiano Cruz

Ocupação do Iraque



Manipulação

Andrea Zaccarelly

O Senhor Contente


Sócrates não cabe em si de satisfação pelos “sinais favoráveis” que diz vislumbrar na economia do País. Como “Mestre Sala” do grande desfile de sucessos económicos nacionais, com que vai entretendo o Zé contribuinte, anuncia a cada hora, mais um “sinal favorável”. Ele é o plano, que já foi choque tecnológico, ele é o Bill Gates, o MIT, a OTA, o TGV, os novos investimentos, as Opas e Contra-Opas, ele são os fabulosos lucros dos bancos, PT, EDP, Galp, etc, etc.
Para o primeiro-ministro tudo isto são “sinais favoráveis” da economia. Como se a economia real portuguesa girasse à volta de anúncios de intenções, ou de projectos megalómanos, que apenas ou sobretudo favorecem super-empresas estrangeiras, ou de mudanças de capital entre empresas, que não geram nada de novo a não ser uma diminuição de concorrência, ou ainda dos super lucros das grandes empresas que exploram as telecomunicações, ao transportes e carburantes, a energia e os créditos.
No ano em que estas empresas apresentam os maiores lucros de sempre, é precisamente o ano em que Portugal apresenta o mais baixo crescimento económico de sempre, de apenas 0,3% do PIB. O que levaria a parar para pensar, creio bem, um qualquer primeiro-ministro mais preocupado no País do que na sua própria imagem.
A economia nacional gira sobretudo em volta das pequenas e médias empresas, o seu estado é o reflexo do estado da nossa economia.
Todos sabemos como elas se encontram sufocadas economicamente. A factura que liquidam da energia, telecomunicações, transportes e carburantes são cada vez mais pesadas para a sua vivência diária. E quando necessitam de crédito conhecem bem os seus custos. Enquanto meia dúzia de grandes empresas engordam de modo absurdo, as pequenas e médias empresas desesperam lutando pela sobrevivência. A preocupação maior do governo deveria residir em medidas que provocassem a motivação de todas estas empresas, através de benefícios fiscais, apoio técnico, redução de impostos, promoção de produtos sobretudo no estrangeiro e redução das suas despesas de exploração regulando com eficácia o preço da energia, telecomunicações, créditos e carburantes.
Não compreende Sócrates, que a razão do desenvolvimento se encontra nas nossas pequenas e médias empresas espalhadas pelo País, e que da sua pujança e força advirá o nosso crescimento económico sustentado.
Infelizmente a continuar por este rumo a economia nacional jamais convergirá com a UE e aproximar-se-á, cada vez mais das economias típicas dos países subdesenvolvidos, dos países do terceiro mundo.

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O Senhor Feliz


Todos os dias e sempre que intervém em público, Teixeira dos Santos se mostra feliz com os anúncios que faz. Hoje, para não fugir à regra, lá porque Bruxelas aceitou o plano estratégico de estabilidade, o ministro entendeu comunicar ao País que tal traduzia mais uma prova dos “sinais favoráveis” da economia.
Para este governante tudo afinal são sinais favoráveis.
Quando o PIB desce de 1,1% em 2004 para 0,3 em 2005, temos um sinal favorável porque não entrámos em recessão “ como muitos previam”. Quando a taxa de desemprego aumenta de 7,1% em 2004 para 8% em 2005, continuam os sinais favoráveis pela simples razão de que a taxa não chegou aos 9,10,ou 12% como aconteceu em Espanha.
Se pensarmos um pouco verificamos que os exemplos se multiplicam.
Como é evidente, tamanha desfaçatez só é possível, dada a submissão, docilidade e complacência dos nossos domesticados principais órgãos de comunicação social.

terça-feira, março 14, 2006

Kamil Majdanski

Clementina Moura

segunda-feira, março 13, 2006

Ocupação da Palestina


Palestinianos durante o funeral de Moner Sokar, militante da Jihad islamica, morto em Gaza por um missil israelita.

Bush...



Bush com o primeiro ministro eslovaco em washington