sexta-feira, novembro 30, 2007

Parece-me que o 25 de Abril foi feito para os políticos e não para o Povo
(participante, hoje, no Fórum da TSF)

GRVE DA FUNÇÃO PÚBLICA


Com esperteza matreira soube Sócrates transformar a sua politica de combate ao Défice Publico, num panfletário “desígnio nacional” de propaganda. Não num objectivo natural e necessário de um qualquer governo.
Aproveitando-se da secular crendice dos portugueses, vai utilizando tão sacro santo desígnio para colocar em pratica todas as suas medidas ou “reformas” anti sociais, retirando direitos e diminuindo objectivamente a qualidade de vida dos cidadãos. Grande parte da população ainda manterá o benefício da dúvida para com tal politica do governo, que se apoia, nesta sua operação de marketing, na comunicação social e nos comentadores políticos do “sistema” que, sempre dóceis, com lágrimas de crocodilo, vão apoiando e dando como necessário os sacrifícios exigidos aos portugueses.

E ninguém parece contestar verdadeiramente esta política de combate ao Défice executada por Sócrates. A oposição, do PCP ao CDS, tem sido demasiado branda na sua “oposição” sem oferecer qualquer alternativa credível à política do governo.

A política de combate ao Défice não considerando o factor desenvolvimento económico, não pode deixar de ser, além de irracional, completamente estúpida e absurda.
A redução do Défice só fará sentido quando contribuir para o crescimento e o desenvolvimento económico. A redução do Défice só poderá ter como seu primeiro objectivo o desenvolvimento económico e social.
Num Pais, com as maiores desigualdades sociais entre ricos e pobres, com o maior numero de pobres da UE, com as mais altas taxas de desemprego e com os mais baixos salários dos países da zona euro, nunca poderá definir e aplicar uma politica de combate ao Défice com base em tais medidas - aumento de impostos, congelamento de salários e cortes nas funções sociais do Estado - e será inequivocamente estúpido, insensato e absurdo que o faça.
São profundamente ilusórios os resultados obtidos na redução do Défice obtidos com a política que vem sendo seguida pelo governo. É um logro total, que resultará em gravíssimos problemas futuros no nosso desenvolvimento económico e social.

O combate ao Défice deverá incidir no combate à Despesa Pública. Mantendo e melhorando os actuais padrões de qualidade e extensão das obrigações das funções sociais do Estado. Só com uma efectiva redução da Despesa Pública Corrente do Estado será possível sair do pântano em que nos encontramos. Uma redução da Despesa Pública que incida sobre os privilégios da classe politica e das suas clientelas partidárias e que coloque a Administração do Estado ao serviço dos cidadãos e não ao serviço da classe politica dominante.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Despesa Publica descontrolada


O Governo decidiu esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, privatizar entre 3,69 e 5 por cento do capital da EDP até ao final do ano.
A percentagem de venda corresponde a um número de acções que varia entre os 135 milhões e os 182,8 milhões de euros.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tinha admitido a 9 de Novembro, em Bruxelas, acelerar a venda de parte da participação que o Estado ainda detém na EDP, para cumprir o objectivo de angariar 950 milhões de euros em privatizações este ano.

Já não lhe bastam os Impostos e os Cortes Sociais. As Receitas Extraordinárias provenientes da venda de Património também irão contribuir em 2007 para a tentativa de regularização das Contas do Estado.

classe politica


Fátima Felgueiras custeou a sua fuga para o Brasil quando ignorou o mandado do Tribunal da Relação de Guimarães que determinava a sua prisão preventiva, com o dinheiro da autarquia de Felgueiras.

Os custos do seu advogado brasileiro, Paulo Ramalho, que evitou a prisão preventiva e consequente extradição, alegando a dupla nacionalidade da autarca, foram pagos pelos cofres da Câmara. O último pagamento foi feito já neste ano e totaliza 22 mil euros. (cm)

gestores inteligentes!


A Águas de Portugal pediu ao Governo uma reposição em dinheiro da remuneração de todos os gestores do grupo a quem o novo Estatuto do Gestor Público retirou o direito a Planos de Poupança Reforma (PPR).
Para o presidente do grupo, Pedro Serra, a perda dos PPR representa uma perda da remuneração fixa, pelo que pediu aos ministros das Finanças e do Ambiente que os salários dos gestores tenham um aumento de 15 por cento, correspondente ao valor daqueles planos.

À perda de privilégios que o governo retirou com uma mão pretende Pedro Serra (anterior dirigente do PCP) que o governo lhe dê com a outra. Veremos no que isto vai dar.

Hugo Chávez, em campanha.
Artistas del Circo del Sol presentan su espectáculo Delirium en Lisboa.(20 minutos)


morfeusz

quarta-feira, novembro 28, 2007

Portugal volta a cair


Portugal diminuiu o seu índice de “desenvolvimento humano” ao cair uma posição, situando-se agora em 29º lugar no ranking das Nações Unidas que analisou dados de 177 países. Na Europa fomos ultrapassados pela Eslovénia, Grécia e Chipre. Atrás de nós apenas a Hungria, Polónia e Bulgária.

No entanto, quer os noticiários televisivos quer os jornais, cada vez mais com uma linguagem comum, deram uma imagem distorcida deste facto e esforçaram-se por branquear este recuo objectivo do desenvolvimento social no País. Efectivamente, nunca como hoje, a comunicação social está ao serviço da propaganda e da manipulação politica do governo.

"Oposição, de manhã, à tarde e à noite"


Alberto Martins e Santana Lopes reuniram-se ontem para discutir entre os dois partidos, PS e PSD, a nova Lei Eleitoral para as Autarquias.

Classe politica


Segundo a revista Focus, a EDP conta com um novo assessor jurídico.
Foi nomeado pelo ex-ministro António Mexia (actual presidente executivo da EDP) e vai ganhar cerca de EUR 10.000/mês.
Este novo assessor é o novo líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes.

Corcho postal. La compañía nacional portuguesa de Correos ha emitido el primer sello hecho en corcho en el mundo, como homenaje a la industria portuguesa del corcho. (20 minutos)
Palestinian Authority President Mahmoud Abbas cleans his glasses at the Israel-Palestinian Peace Conference at the U.S. Naval Academy in Annapolis, November 27, 2007. (reuters)

Miss Bikini Internacional. Ensayo del concurso de belleza que tendrá lugar en Shangai, China.

quinta-feira, novembro 22, 2007

As "Reformas"


Ao que parece, um assunto pacífico para toda a classe politica nacional, é a convicção da necessidade de implementação de “Reformas”na organização do Estado. Assistimos até, ao espectáculo de azedas trocas de argumentos entre os partidos da área do poder, responsabilizando-se e culpabilizando-se mutuamente pela falta de iniciativa quanto à implantação das ditas “reformas indispensáveis”. Desde o Presidente da Republica ao mais humilde e ignorante autarca, toda a gente clama pelas “Reformas”, no que são acompanhados pelos opinion makers do sistema e pela Comunicação Social, comum e da especialidade. E, pelo empolamento que dão ao assunto, fazem crer ao pacato cidadão que sem elas, sem as ditas “Reformas”, a sua vida difícil tornar-se-ia uma desgraça maior ainda.

Numa sociedade organizada democraticamente, será justo e normal acreditarmos que a organização do Estado tem por finalidade proporcionar as melhores condições de vida aos cidadãos, condições económicas, sociais, culturais e ambientais entre outras. Ou por outras palavras, qualquer reforma organizativa do Estado tem por objectivo obter uma melhoria na qualidade e nas condições de vida das pessoas.
Por outro lado, o cidadão compreende que as estruturas do Estado, com o andar dos tempos, possam de algum modo “envelhecer” o que motiva de tempos a tempos a sua reformulação. Mas uma reformulação num único sentido, isto é, que tenha por objectivo, que vise proporcionar-lhe melhorias crescentes nas suas condições de vida.

Ora, numa sociedade que tem evoluído tecnicamente a passos de gigante, com um crescimento sempre crescente da sua riqueza, sem cataclismos de ruptura, antes pelo contrário, com uma evolução normal e tranquila, torna-se muito difícil compreender que as tais ditas “Reformas” se traduzam num retrocesso das condições de vida das populações. Numa sociedade Democrática seria racional e lógico que a população portuguesa beneficiasse dessa criação de riqueza, proveniente dos avanços tecnológicos e que a melhoria da sua qualidade de vida seguisse em paralelo com o crescimento da riqueza. Mas na verdade tal não acontece.
Onde estará então o “desvio democrático” que impede a paulatina melhoria das condições de vida da população? Esse desvio reside na desigualdade na distribuição dos rendimentos, e numa classe politica que nos tem “governado” no sentido da ampliação dessas desigualdades e não, como competia a um poder politico democrático, da sua atenuação.

Portugal é o país onde é maior a desigualdade na distribuição dos rendimentos e mais rapidamente a desigualdade está a crescer. Efectivamente, em 2005, último ano em relação ao qual o Eurostat divulgou dados, em Portugal o rendimento dos 20% mais ricos da população era 8,2 vezes superior ao rendimento dos 20% mais pobres da população, portanto muito superior à média comunitária, que era 4,8 vezes. Por outro lado, em 1999, Portugal era já o país da U.E. onde a repartição era mais desigual (6,4 vezes), e apesar disso, entre 1999 e 2005, foi o país onde a desigualdade na distribuição do rendimento mais aumentou (+28,1%), quando o crescimento médio nos países da UE15 foi de 4,3%, ou seja, quase sete vezes menos do que o verificado em Portugal durante o mesmo período.
Ikuo Kanbayasai trabaja en su obra durante el primer torneo de esculturas en hielo y nieve de la ciudad rusa de Salekhard (20 minutos)


derek smith

quarta-feira, novembro 21, 2007

Os custos do desgoverno


As receitas provenientes dos impostos Directos e Indirectos arrecadadas pelo governo PSD/CDS em 2004, somaram 28.389 milhões de euros. Em 2007 estas receitas, dos mesmos impostos, totalizaram 34.557 milhões de euros. Uma diferença portanto de 6.168 milhões de euros. Este montante representa 4,6% do valor do PIB de2004.

Isto significa, muito simplesmente, que o Défice real de 2004 (com todas as receitas extraordinárias) que ascendeu a 5,2%, seria reduzido para apenas 0,6% do PIB se pudesse contar com igual montante de receitas de impostos que hoje é cobrado aos portugueses. Sem contarmos sequer com as múltiplas receitas extraordinárias das desorçamentações e venda de património praticado pelo governo de Sócrates ou ainda as receitas provenientes dos cortes sociais que impôs aos portugueses constata-se, quanto elevado é o grau de desgovernação económica deste País e quanto falaciosa, mistificadora e miserável é a campanha que apresenta como grande triunfo do governo a redução do Défice em 2007 para 2,4% do PIB.

Mérito seria seguramente se tal redução fosse obtida em iguais condições às que recebeu quando tomou posse, sem aumentos de impostos e sem os cortes sociais que empobreceram e diminuíram a qualidade de vida dos cidadãos.

SEM COMENTÁRIOS


A Administração Fiscal deixou prescrever 78 436 processos (muitos com 10 e 20 anos de existência ) no valor de 531 milhões de euros. No âmbito do saneamento do Sistema de Execuções Fiscais (SEF) foram declarados “em falhas” (sem bens para penhora) 134 750 processos, no valor de 528 milhões de euros. No total, são mais de mil milhões de euros que não entram nos cofres do Estado. (cm)

El presidente estadounidense, George W. Bush, indulta al pavo May en la tradicional ceremonia de la Casa Blanca en ocasión del Día de Acción de Gracias. May y Flower (nombres escogidos por los internautas en una encuesta convocada en la web de la Casa Blanca; aunque Bush afirmó, en broma, que su vicepresidente había sugerido como apelativos Comida y Cena) son los dos pavos que este año ha indultado el presidente; tras la ceremonia han sido llevados a Disneyworld de Orlando, Florida, para participar en un desfile.


delacroix


miriana

terça-feira, novembro 20, 2007

o pântano "socialista"


Segundo os dados do Eurostat, no terceiro trimestre de 2007, o PIB na UE(27), em relação ao trimestre anterior, aumentou 0,8%. Relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior o PIB na EU (27) cresceu 2,9%.

Em Portugal, no terceiro trimestre de 2007 e em relação ao trimestre anterior, o PIB cresceu 0,0% isto é, estagnou. Quanto ao crescimento homólogo do trimestre do ano anterior não foi além de 1,8%, muito aquém portanto da média europeia (2,9%).

Não se entende portanto, a satisfação demonstrada por Sócrates e Teixeira dos Santos face a estes resultados agora divulgados. A divergência de crescimento económico do País, face à média europeia, que o Eurostat previa no início do ano atingir menos 0,9% e o Banco de Portugal menos 0,6%, já vai nos menos 1,1%.
O certo é que o País estagnou economicamente e tem regredido face à EU, ano após ano, nestes dois anos e meio de governação “socialista”, tornando-se ridiculamente macabras as tentativas de maquilhagem que o governo faz destes dados.

SEM COMENTÁRIOS


A proliferação de fundações nos últimos anos já tem um impacto financeiro significativo nos cofres do Estado: em 2006, as 477 fundações com cadastro no Ministério das Finanças obtiveram benefícios fiscais de 54 milhões de euros, mais 217 por cento do que os 17 milhões de euros atribuídos no ano anterior. (cm)


Cisjordania. Un palestino se prepara para lanzar piedras a un convoy de soldados israelíes en en el campo de refugiados de Al Farah , en Cisjordania. (20 minutos)
Velázques. Cristo y el alma cristiana,Londres, National Gallery.
Esta obra forma parte de la exposición "Fábulas de Velázquez", que aúna 28 obras del artista sevillano con otras 24 de otros pintores que permitirán descubrir el contexto histórico en el que Velazquez realizó algunas de las obras más significativas de su carrera. La exposición podrá visitarse en el Museo del Prado de Madrid del 20 de noviembre de 2007 al 24 de febrero de 2008.


belkina

segunda-feira, novembro 19, 2007

SEM COMENTÁRIOS


Desde que o actual Governo, liderado por José Sócrates, tomou posse, em Março de 2005, Portugal perdeu 167 mil postos de trabalho qualificados (INE).

Os Sócios, em investigação pelo Ministério Publico

Nuno Cardoso, ex-presidente da Câmara do Porto, e Carlos Abreu, presidente da comissão administrativa do Salgueiros, tornaram-se no ano passado sócios de uma sociedade imobiliária. A Predial III preparava-se então para comercializar o terreno que foi cedido pela Câmara ao clube de Paranhos e que deveria ter servido para construir o estádio.
Aquele foi comprado em hasta pública pelos sócios de Nuno Cardoso, por três milhões de euros, depois de o primeiro licitador, que oferecera 15 milhões, ter desaparecido. Os terrenos tinham sido doados em 1997 pelo executivo autárquico que tinha Fernando Gomes como presidente e Nuno Cardoso como vice e responsável pelo Urbanismo.


O negócio de compra e venda da Quinta do Ambrósio, em Gondomar, envolve diferentes empresas, mas os mesmos protagonistas. Neste caso, o comprador foi a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), liderada então por Oliveira Marques, mais tarde nomeado presidente da Comissão Executiva da empresa Metro do Porto. Os vendedores do terreno foram Jorge Loureiro (filho de Valentim Loureiro), José Luís Oliveira (vice da Câmara de Gondomar) e Laureano Gonçalves (advogado e ex-dirigente do Boavista). O terreno foi adquirido à proprietária por 1,072 milhões de euros e, seis dias depois, foi vendido à Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP). O valor já era de quatro milhões, porque a Câmara, de Valentim Loureiro, desafectara os terrenos da Reserva Agrícola Nacional e permitira a sua urbanização para equipamentos. (cm)
Os cabelos de Lucrecia Borgia, no Centro de Cultura de Outubro de Valencia.
PEKÍN.- Apenas un día después de la llegada de las primeras piezas de jamón ibérico legales a EEUU, el Gobierno chino ha dado luz verde a la entrada de este manjar y de otras carnes de cerdo procedente de España, lo que permitirá a cerca de un centenar de compañías emprender de inmediato sus exportaciones para abastecer a un mercado de 1.300 millones de potenciales clientes que padecen la escasez de esta ganadería.
Ha sido un complicado proceso de negociaciones, pero "el acuerdo ya es inmediatamente operativo y la entrada de estos productos españoles solo depende de las condiciones de mercado", informó el secretario de Estado de Turismo y Comercio, Pedro Mejía, en el Foro de Inversión y Cooperación Hispano China.(elmundo)


Compañía estadounidense Pilobolus durante la presentación de su espectáculo en Madrid.

Decenas de bangladesíes se han refugiado en los refugios en zonas altas debido a las advertencias de marejadas e inundaciones (elpais)

domingo, novembro 18, 2007

Pedofilia profunda


O modo como a nova Presidente do Conselho Directivo da Casa Pia, Joaquina Madeira, se referiu aos abusos sexuais das crianças, na recente entrevista à RTP, quando interrogada pela jornalista Judite de Sousa, quanto às suspeitas de continuados abusos sexuais das crianças, só pode merecer a sua imediata demissão.
Demonstra uma insensibilidade repugnante o modo como se referiu aos indícios dos abusos sexuais das crianças.
Para esta senhora, tais abusos, não serão mais do que “uso indevido das crianças”. Senhor ministro, está à espera de quê?

sábado, novembro 17, 2007

deus sócrates


Nunca antes se viu o PS tão de cócoras perante os seus líderes como hoje se observa.
Jorge Coelho, Manuel Alegre, João Soares, Manuel Maria Carrilho, João Cravinho ou Manuela de Melo, de modo diverso, sempre manifestaram sensibilidades diferentes perante as politicas dos governos socialistas. Por um motivo ou por outro (empregos dourados no estrangeiro), o certo é que nunca assisti a uma tão pantanosa concordância destas carismáticas figuras. Só por si, isto revela o quanto vai mal a governação socialista deste país, ao não permitir-se sequer qualquer pequena voz discordante. Como um castelo de cartas, bastaria uma voz, para o castelo ruir. O PS internamente estará preso por débeis arames. E todas estas sensibilidades têm esta mesma noção de suprema instabilidade, pelo que, para a manutenção desse bem supremo comum que é a detenção do poder, do governo, ferindo as suas próprias consciências, mantêm-se mudos ou se auto obrigam a declarar apoio ao governo, como aconteceu agora com Jorge Coelho, que nas últimas semanas, ao contrário do que é habitual, se tem apresentado de semblante mais carregado que nunca.
Entretanto, a oposição e o seu novo líder, que prometia “Oposição, de manhã, à tarde e à noite” tem-se ficado por uns ameaços, que ficam sempre mal (a oposição não deve ameaçar, assume ou não assume claramente), e por uma tremenda ambiguidade quanto à OTA, TGV, Impostos e Défice Público.

seguir os mestres


Se José Sócrates se formou, nos últimos anos de vida de uma Universidade que encerrou por falta de qualidade, se fez exames ad-doc, com trabalhos escritos em casa, com professores ad-doc, e chegou a primeiro-ministro de Portugal, porque razão não hão-de os alunos do primário e secundário faltar às aulas (novo Estatuto do Aluno), com justificação ou sem justificação, fazer exames ad-doc e transitar de ano?
Estamos afinal numa escola de formação de primeiros- ministros. Não chega? Será que querem mais?

Fabián Marcaccio. Obra del arquitecto argentino que ha sido expuesta en el exterior del Metropolitan Pavillion de Manhattan en Nueva York, con motivo de la feria Pinta. (elpais)
Desfile de Victoria's Secret invierno 2007




rio zêzere, algures entre Dornes e Foz de Alge. (andei por aqui)

segunda-feira, novembro 12, 2007

O combate ao Défice sem Crescimento Económico é um absurdo e uma estupidez


Esta obsessão irracional de Sócrates pela redução do Défice, que se tornou já num panfleto de propaganda politica do governo e não num objectivo natural e necessário de um qualquer governo, não tendo em conta, desprezando mesmo o factor desenvolvimento económico, não pode deixar de ser, além de irracional, estúpida e absurda.
A redução do Défice sem crescimento económico é um disparate que se traduz em atraso no desenvolvimento económico e social do País, e num agravamento gratuito das condições de vida dos cidadãos.
A redução do Défice só faz sentido quando contribui para o crescimento e o desenvolvimento económico. A redução do Défice só pode ter como seu primeiro objectivo o desenvolvimento económico e social. Sendo certo, que das múltiplas medidas de combate ao Défice se poderão encontrar algumas que irão provocar a retracção do crescimento económico, a sua implementação deverá ocorrer com o máximo cuidado e atenção, de modo a nunca pôr em causa o indispensável crescimento económico, objectivo primeiro de qualquer consolidação orçamental.
O governo, cego em sua obstinação, numa total inversão de objectivos, na convicção de que a redução do Défice, desprezando o desenvolvimento económico, é por si só, o seu primeiro e ultimo objectivo, não se dá conta do estado deplorável em que coloca a economia nacional, fruto das medidas irresponsáveis que vai tomando de combate ao défice.
Desde logo o aumento de impostos, o congelamento de salários e o corte nas funções sociais do Estado. Num Pais, com as maiores desigualdades sociais entre ricos e pobres, com o maior numero de pobres da UE, com as mais altas taxas de desemprego e com os mais baixos salários dos países da zona euro, nunca poderá definir e aplicar uma politica de combate ao Défice com base em tais medidas - aumento de impostos, congelamento de salários e cortes nas funções sociais do estado - e será inequivocamente estúpido, insensato e absurdo que o faça.

O combate ao Défice deverá incidir no combate à redução da Despesa Pública. Mantendo e melhorando até os actuais padrões de qualidade e extensão das obrigações das funções sociais do Estado, será possível uma redução efectiva das Despesas Públicas equivalente a 4 ou 5 pontos percentuais do PIB. Com uma nova reforma da Administração Publica que extinga a esmagadora maioria dos Órgãos do Estado, criados avulso e em paralelo à Administração existente, de há uma década para cá, Institutos, Autoridades, Agências, Comissões, Fundos, Conselhos, Gabinetes, Inspecções, Centros, Auditorias ou ainda as Empresas Municipais, a extinção dos governadores civis, a redução para metade dos deputados, a redução de vencimentos dos gestores públicos e muitas outras medidas de rigor orçamental semelhante.
Ao mesmo tempo o governo deverá lançar medidas efectivas ao relançamento económico. Controlo efectivo sobre os monopólios, EDP, PT, BRISA, GALP, com estabelecimento temporário de preços máximos, diminuição de impostos, desde logo os indirectos, desagravando as pequenas e médias empresas e agravando os impostos dos bancos e das maiores empresas taxando-as por igual (o governo está sempre, a propósito e a despropósito, a invocar a justiça social, pretendendo justificar assim os impostos mais altos que pagam os contribuintes de maiores rendimentos, raciocínio idêntico deverá aplicar-se ao universo das empresas). Medidas que tornem célere a Justiça em processos de índole empresarial. Abandonando de vez a intenção de colocar portagens nas Scuts. E muitas outras medidas que no mesmo sentido provoquem um efectivo crescimento económico.

Como será compreensível, os governos saídos dos actuais partidos, jamais adoptarão semelhantes politicas. Foram eles próprios que criaram todo este enorme mundo de Órgãos de Estado, não por quaisquer preocupações de maior racionalidade ou eficiência da Administração, mas tão só para proporcionar às clientelas partidárias, aos amigos e a si próprios, os lugares dourados das administrações destes Órgãos de Estado. Se levaram décadas a erguer, legislatura após legislatura, este mundo de privilégios, não será agora que irão inverter a sua conduta. O destino deste País terá seguramente um maior agravamento das condições de vida dos seus cidadãos.



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A Canadian soldier from the NATO-led coalition walks past a wooden cross commemorating several soldiers killed in action in Afghanistan, at Patrol Base Wilson in Kandahar province, southern Afghanistan, November 10, 2007. Canada will mark Remembrance Day on Sunday to pay tribute to its soldiers who have fought and died in wars over the past century. (reuters)


picasso


jehan legac

sexta-feira, novembro 09, 2007

Teixeira dos Santos, um ministro incompetente


Consultados os dados do Orçamento de Estado desde o ano 2005, verifica-se que o aumento de impostos, directos e indirectos, de 2005 para 2008 se cifra em 22,1%, o que corresponde a uma percentagem do PIB de cerca de 4,3%.
De outro modo, o valor diferencial dos impostos arrecadados em 2008, 36.000 milhões de euros (previsão do Orçamento), face aos arrecadados em 2005, 29.843 milhões de euros, fazem objectivamente baixar o Défice, qualquer que seja o seu valor, em 4,3% do PIB.
Ou ainda, o aumento de impostos aplicado desde 2005 pela governação Sócrates, mantendo todas as outras condições iguais, isto é sem os ganhos financeiros provenientes dos Cortes Sociais entretanto impostos pelo governo, encerramento de maternidades, Centros de Saúde, SAPs, escolas, aumento das taxas moderadoras e medicamentos, etc, acarreta só por si, uma redução do Défice em 4,3% do PIB.
Assim, considerando somente as receitas arrecadadas com os impostos previstos em Orçamento, o valor de um Défice hipotético de 6,7% do PIB em 2008, baixaria para um valor de apenas 2,4% do PIB (meta apresentada como um grande feito pelo governo).
Esta análise, correcta em seus valores e em sua lógica (dados da DGO), revela bem a incompetência, a péssima governação de Sócrates e o embuste do chamado “combate ao Défice” com que vem iludindo a população portuguesa. Só possíveis face à incompetência da nossa Oposição e de uma igualmente incompetente Comunicação Social servilmente enfeudada às directivas do governo.

Relativamente às Despesas com pessoal, verifica-se que face ao congelamento salarial imposto aos trabalhadores da Função Pública, o seu agravamento foi de apenas 3,3% face a 2005 (valores constantes).
A um agravamento de impostos de 22,1% correspondeu apenas no mesmo período um agravamento da massa salarial da Administração Pública de 3,3%.
Mas quanto às outras Despesas correntes, pasme-se, o seu agravamento atingiu o valor de 26%, passando de 23.322 milhões de euros para 29.438 milhões de euros. Um agravamento em percentagem do PIB da ordem dos 4%.
Nunca os trabalhadores da Função Pública tiveram tantas razões para a convocação de uma greve geral como agora.
French President Nicolas Sarkozy (C) kisses the hand of first lady Laura Bush as U.S. President George W. Bush looks on upon his arrival for dinner at the White House in Washington November 6, 2007. (reuters)


A lingua azul na UE (elpais)
Tamara de Lempicka. La casa de subastas Christie's ha vendido en Nueva York éste óleo titulado El turbante verde, pintado por la artista polaca hacia 1929, por 1,4 millones de euros.
sergey

quarta-feira, novembro 07, 2007

O HOMEM É UM ESPANTO


O homem é um espanto.

Todos os anos, mais ou menos por esta época, na maior sala de espectáculos do País, o homem faz o seu número, tirando dois ou três coelhos da cartola, perante o aplauso da sua claque rosa de bilhete oferecido. O truque, de repetitivo, está a tornar-se ridículo e caricato.
O Orçamento de 2008 contempla os portugueses com novos aumentos de impostos directos e indirectos que totalizam cerca de dois mil milhões de euros, exactamente, dois mil milhões. Qualquer coisa como 1,3% do PIB.
As medidas anunciadas por Sócrates, a que a comunicação social, serventuária como é do governo se propôs dar cobertura e eco (a TSF dedicou-lhe o Fórum desta manhã), acarretam uma despesa de 42 milhões de euros (palavra de ministro). Face aos dois mil milhões de novos aumentos de impostos esta despesa é mais que irrisória e naturalmente não merece o espalhafato que a comunicação social lhe dedica, mas demonstra bem como o governo é hábil em acções de mistificação pela propaganda politica.

O Orçamento de 2008 não responde aos verdadeiros problemas dos portugueses. É a continuação dos anteriores, com estratégias e opções politicas em tudo iguais às dos anos precedentes.
Continua o aumento da Despesa Pública, o aumento de impostos, os cortes nas funções sociais do Estado, a paralisia do desenvolvimento económico do País e o continuado embuste da diminuição do Défice.
Não se dão respostas aos verdadeiros problemas nacionais. À paralisia do desenvolvimento económico, à cada vez maior desigualdade social de rendimentos entre os cidadãos, aos dois milhões de pobres a que chegamos, às listas de espera para cirurgias e primeira consulta, ao desemprego, ao trabalho precário que atinge cerca de um milhão de trabalhadores (contratos a prazo, recibos verdes e estágios), à cada vez maior degradação da Educação e da Justiça entre muitos outros.

É um governo que usa como álibi o combate ao Défice, para agravar as condições de vida de todos os portugueses; um governo insensível e hostil às múltiplas situações de dificuldade porque atravessa horizontalmente a sociedade portuguesa e que continuadamente conduz o País para o maior pântano da sua História.

Camille claudel. La historia de su tortuosa vida ha eclipsado la importante aportación a la escultura de Camille Claudel, alumna y amante de Rodin. La Fundación Mapfre dedica la primera exposición que se organiza en España sobre la totalidad de su obra.