sábado, janeiro 31, 2009

Sócrates, o Ministério Público e este paraíso à beira-mar plantado


Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
CM 31.01.09)

O lugar da Quinta das Areias, a cerca de dois quilómetros da lixeira do Souto Alto, foi o local escolhido pela Associação de Municípios da Cova da Beira para receber a central de compostagem daquele sistema de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Esta solução, apresentada ontem na Covilhã, põe fim ao impasse criado pela Câmara daquela cidade que recentemente recusou licenciar a obra da central para a Quinta dos Alvercões, a primeira escolha da associação intermunicipal situada junto ao rio Zêzere, baseando-se num estudo técnico, encomendado pela autarquia covilhanense, onde eram destacadas as «potencialidades poluidoras» daquela infraestrutura. Pressionada pelo tempo - e sobretudo pelas recomendações governamentais deixadas por Ricardo Magalhães, secretário de Estado dos Recursos Naturais, Elisa Ferreira, Ministra do Ambiente; e José Sócrates, Ministro-Adjunto do Primeiro Ministro, aquando das suas recentes incursões pela Cova da Beira -, a associação intermunicipal, que engloba os concelhos da Covilhã, Fundão, Belmonte, Penamacor, Sabugal e Manteigas, foi colocada entre a espada e a parede: ficaria sem um investimento de cerca de 2,7 milhões de contos se não apresentasse uma proposta alternativa até ao dia 1 de Setembro. É que os governantes não se cansaram de chamar a atenção para a «oportunidade única» proporcionada pela construção da central de compostagem, uma das cinco que irão existir no país. A intervenção, mais paternalista, de Sócrates não deixava dúvidas quanto à importância da decisão: «A região que tenha juízo», sentenciou, ao lembrar que o dinheiro «custou muito a arranjar». o aterro sanitário e a estação de compostagem contam com um investimento de 2,7 milhões de contos, a financiar no âmbito do Plano Operacional do Ambiente e dos orçamentos municipais.
(Terras da Beira 27.08.98)

No momento em que o primeiro-ministro António Guterres entrou, na sexta feira, 6 de Julho, na sala de controlo da Central de Compostagem da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) e premiu o botão de arranque das máquinas, a região entrou numa nova era em termos ambientais. António Guterres, acompanhado pelo ministro do Ambiente, José Sócrates, inaugurou uma estrutura que promete não só acabar definitivamente com as lixeiras, como também aproveitar a matéria orgânica dos resíduos, eliminar irrecuperáveis em aterro sanitário próprio e encaminhar materiais para a reciclagem. Construída na Quinta das Areias, concelho do Fundão, por um consórcio liderado pelo grupo HLC, a Central demorou mais de dois anos a erguer e representa, só por si, um investimento de três milhões e meio de contos (apoiado pelo FEDER, no âmbito do II Quadro Comunitário de Apoio).
(urbi et orbi 10.07.01)

O cabeça-de-lista do PSD por Castelo Branco, Morais Sarmento, responsabilizou ontem o líder do PS, José Sócrates, por deficiências de funcionamento da Central de Compostagem de Lixo da Cova da Beira. Numa conferência de imprensa naquela central, Sarmento referiu que, desde 2003, já foram investidos cerca de cinco milhões de euros em melhorias, entre as quais a construção de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR). Segundo Morais Sarmento, "com a pressa por causa das autárquicas, em 2001", o então ministro do Ambiente inaugurou a central "sem uma ETAR, o que provocou infiltrações de águas lixiviadas que contaminaram solos agrícolas e lençóis freáticos". "Esta contaminação de águas é a imagem das suas escolhas", acrescentou. Sarmento destacou que o investimento total já realizado na Central de Compostagem de Lixo da Cova da Beira ascende a 30 milhões de euros, o que considerou "a todos os títulos escandaloso".
(DN 27.01.05)

A empresa de António José Morais, professor de quatro das cinco disciplinas que Sócrates fez na Independente em 1996, está a ser investigada pela Polícia Judiciária desde 1999. O processo, que tem pelo menos um arguido e foi aberto para averiguar as suspeitas de favorecimento do grupo HLC no concurso para a construção do aterro sanitário da Cova da Beira, aguarda despacho no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa desde Outubro.Lançado pela Associação de Municípios da Cova da Beira em Abril de 96, o concurso de concepção, construção e exploração do aterro da zona da Covilhã foi um dos primeiros no quadro do Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) - formalmente anunciado por José Sócrates, então secretário de Estado adjunto da ministra do Ambiente, em Setembro daquele ano. Sabendo-se que estava a arrancar um programa de 122 milhões de contos (mais de 610 milhões de euros) para acabar com as lixeiras em todo o país, o concurso da Cova da Beira foi particularmente renhido e deu origem a três reclamações. Rejeitados os argumentos dos reclamantes, a adjudicação foi feita por cerca de 2,5 milhões de contos (12,5 milhões de euros) a um consórcio liderado pelo grupo HLC, do empresário covilhanense Horácio Luís de Carvalho. Entre os membros do consórcio avultava a Conegil, uma empresa de construção criada por José Manuel Santos Silva, um outro empresário da Covilhã que então se associou ao grupo HLC.Atendendo à sua importância, uma vez que era um dos primeiros a avançar no âmbito do PERSU, o contrato foi celebrado com alguma solenidade, em Maio de 1997, na presença de José Sócrates. Os outorgantes eram o socialista Jorge Pombo, então presidente da Câmara da Covilhã, e os representantes do consórcio, entre os quais José Manuel Santos Silva. Na sequência desta primeira vitória, o grupo HLC veio a ganhar diversos concursos na área do Ambiente, ficando, entre outros, com os aterros dos distritos de Santarém e Beja, com o aterro de resíduos industriais não perigosos da Chamusca, com as estações de tratamento de águas residuais de Frielas e do Freixo e com a selagem de numerosas lixeiras no Ribatejo, no Norte e no Algarve.Na área da construção, a Conegil, que continuou a ter José Manuel Santos Silva como administrador, viu multiplicarem-se as adjudicações públicas, em especial no Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna (GEPI) e em câmaras municipais, designadamente em Lisboa, Amadora, Alpiarça e Sintra, todas do PS. No final de 2001, coincidindo com o fim dos governos de Guterres, o grupo HLC começou a entrar em dificuldades com falências, incluindo a da Conegil, que deixou dívidas de milhões e mais de uma dezena de grandes obras públicas por acabar. Foi em plena expansão do grupo, em 1999, que a PJ começou a explorar as pistas que indiciavam o favorecimento da HLC/Conegil no concurso da Cova da Beira. As suas atenções centraram-se numa empresa de projectos criada por António Morais - o professor que em Março de 1996 tinha sido nomeado director do GEPI por Armando Vara, então secretário de Estado da Administração Interna. Antigo professor da Universidade da Beira Interior e militante do PS, António Morais viveu no Fundão entre 1989 e 1991 e mantém desde então estreitas relações com os meios políticos, empresariais e universitários da Covilhã. Daí que, como disse ao PÚBLICO, tenha sido convidado para preparar o concurso público do aterro da Cova da Beira. Tanto o programa de concurso, como o caderno de encargos e a avaliação técnica das propostas apresentadas pelos concorrentes foram da responsabilidade da ASM. António Morais foi aliás o autor dos estudos ambientais e financeiros que serviram de base ao concurso. Na avaliação das propostas que conduziu à controversa adjudicação à HLC, a ASM foi representada pela ex-mulher de Morais, já que o próprio não o podia fazer por ser director do GEPI. As alegadas relações entre este e o grupo HLC, em especial com José Manuel Santos Silva, com o qual ainda hoje trabalha, estiveram na origem de buscas na ASM, levando à inquirição do professor e da então gerente.Despercebido não terá passado o facto de o GEPI, sob a direcção de Morais, ter adjudicado à HLC e à Conegil um importante negócio de telecomunicações e numerosas obras de quartéis e esquadras. Algumas destas adjudicações levaram a Inspecção-Geral da Administração do Território, em 2002, a identificar situações que "poderão questionar o interesse público das decisões tomadas, a transparência dos procedimentos, bem como a equidade" no tratamento dos concorrentes.Praticamente paradas durante anos, as investigações foram concluídas em Outubro passado, sete anos depois de iniciadas. O MP decidirá agora se acusa alguém ou não.
(Blog Toda a Verdade 17.04.07)

O arquitecto Fernando Pinto de Sousa, pai do primeiro-ministro, foi contratado pelo GEPI, no período em que este era dirigido por António Morais, para fazer a fiscalização de dez empreitadas adjudicadas por aquele serviço do Ministério da Administração Interna.Na quarta-feira, o PÚBLICO noticiou que Pinto de Sousa, com escritório na Covilhã, foi responsável pela fiscalização do quartel da GNR de Castelo Branco, uma obra adjudicada em 1999 à Conegil - a empresa do grupo HLC que abandonou essa e mais sete empreitadas do GEPI sem as acabar, deixando, quando faliu em 2003, uma dívida de 1,6 milhões de euros ao MAI.
(Publico 20.04.07)

António Morais, ex-professor de José Sócrates na Universidade Independente, pronunciado pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais no processo de adjudicação da central de compostagem da Cova da Beira, apresentou ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa um pedido de recusa e suspeição de João Levy, um dos três peritos nomeados pelo Ministério Público para analisar as propostas a concurso, apurou o CM.
Em Maio, António Morais foi pronunciado pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais. A alegada influência de José Sócrates, à época secretário de Estado, na adjudicação foi arquivada. O caso remonta a 1997, quando a Associação de Municípios da Cova da Beira adjudicou a construção e a exploração de um aterro sanitário à HLC/Conegil, empresas detidas por Horácio Luís Carvalho e, numa segunda fase, contratou a firma de António Morais e da mulher, a ASM. Segundo o tribunal, os relatórios produzidos pela empresa de Morais motivaram a adjudicação indevida, quando a Soares da Costa apresentava melhor proposta. Morais terá recebido 58 mil euros para uma conta nas ilhas Guernesey.
(CM 29.06.08)

Entre 1996 e 2001, enquanto António José Morais, foi director do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna, nomeado pelo então secretário de Estado da Administração Interna Armando Vara, foram adjudicadas por concurso, à Conegil, dezenas de obras, cujos valores de execução ultrapassaram os 58 milhões de euros. Segundo o jornal “Público”, quando em 2000 deixou de concorrer às obras do GEPI, por se encontrar à beira da falência, a Conegil recebeu 20 por cento daquelas adjudicações.
Entre 2000 e 2001, sempre com António José Morais no GEPI, a Conegil deixou de aparecer nos concursos e segundo aquele diário, a empresa ficou a dever ao MAI 1,6 milhões de euros e, com a sua falência em 2003, deixou um rasto de 20 milhões de euros de dívidas a terceiros.
(Rádio Voz da Planície 03.07.07)

O Ministério Público constituiu cinco arguidos; três foram acusados, num inquérito à construção da Central de Compostagem de lixo da Quinta das Areias e respectivo aterro sanitário por favorecimento ao consórcio HLC.
Três dos arguidos foram acusados dos crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais, nomeadamente António José Morais, antigo professor de José Sócrates na Universidade Independente e que desempenhou cargos de nomeação política durante a governação socialista; a sua ex-mulher Ana Simões e Horácio Luís de Carvalho, empresário da Covilhã, que era dono da firma HLC e hoje reside em Londres.
Os outros dois arguidos, Silvino Alves, antigo aluno de António José Morais, e Jorge Pombo, ex-presidente da Câmara da Covilhã, viram os processos arquivados. António José Morais esteve ligado à construção do aterro sanitário, em 1996, através do gabinete de engenharia liderado pela mulher, estrutura que preparou o projecto, o programa do concurso, o caderno de encargos e avaliação técnica das propostas.
Em 1999, após uma denúncia anónima, a Polícia Judiciária começou a investigar o caso por alegado favorecimento do consórcio vencedor, liderado pela HLC e com a participação da Conegil, entre outras empresas. À data dos factos, José Sócrates era secretário de Estado do Ambiente, mas não foi ouvido no inquérito.
De acordo com a investigação da Polícia Judiciária citada pelo jornal Publico, o favor à HLC e Conegil foi depositado numa conta que Morais e a mulher tinham na ilha de Guernesey (ilha no Canal da Mancha sob dependência britânica).
(Blog O Hermínio 26.06.07)

quinta-feira, janeiro 29, 2009

"neurónio criativo"


Não há “neurónio criativo” que trave o afundanço económico.

O indicador de clima económico voltou a diminuir em Janeiro, o que já se verifica consecutivamente desde Maio de 2008, atingindo um novo mínimo histórico desde o início da série em 1989. No mês de referência, assim como nos três meses anteriores, todos os indicadores de confiança sectoriais apresentaram um andamento negativo, mais intenso no mês de Janeiro no caso dos Serviços.
O indicador do clima de confiança da Industria Transformadora diminuiu em Janeiro, registando um novo mínimo histórico desde o início da série em 1989.
(INE)

segunda-feira, janeiro 26, 2009

casos a mais...


E outra coisa mais: começam a suceder-se demasiados casos no passado de José Sócrates que lhe começam a pesar politicamente. De cor, recordo-me do processo de licenciatura, das ligações também perigosas à construção da estação de compostagem da Cova de Beira, dos seus antigos projectos de arquitectura na zona da Covilhã e agora este caso do Freeport.
Não me recordo de um primeiro-ministro com uma casa que parece ter tanta telha de vidro.
(Pedro Almeida Vieira no Blog “Estragodanação”)

sábado, janeiro 24, 2009

Teixeira dos Santos e as suas "incertezas"

A Ameaça
(Augusto Cid no Sol)
Neste turbilhão de acontecimentos económicos e políticos destas últimas semanas, com Sócrates e o ministro das Finanças a negarem hoje o que juravam há dias atrás, de uma coisa os portugueses podem estar certos – o agravamento da situação económica e social que vem acontecendo com esta governação “socialista” desde o primeiro dia da sua posse, continuará o seu rumo de modo cada vez mais acentuado.
A “crise” internacional veio apenas acelerar e tornar mais profunda ainda, a crise económica e social em que o País tem vivido, fruto inequívoco das politicas económicas de favorecimento e protecção das grandes empresas monopolistas, das oligarquias financeiras, com total desprezo pelas pequenas e médias empresas. Não faltou com este governo, o favorecimento das grandes empresas nacionais e estrangeiras, com apoios financeiros directos e indirectos, com a doação de verbas do Estado a fundo perdido, com isenções de taxas ou desagravamento de impostos, ou permitindo-se preços exorbitantes de bens de primeira necessidade praticados pelas Galps, EDPs, Brisas e algumas outras. Gastos que agravaram penosamente os custos de produção das nossas pequenas e médias empresas. Temos combustíveis, energia eléctrica e auto estradas com preços muito superiores ao da vizinha Espanha.
Os “reguladores” existem apenas por duas ordens de razões. Por um lado, para darem a ilusão ao cidadão distraído, de que os preços praticados pelos monopólios são preços justos. Por outro, para retirarem ao governo o ónus da aplicação de tais preços. São entidades que servem exclusivamente os objectivos e interesses das empresas monopolistas.
Depois da aprovação do Orçamento há dois meses atrás, onde Teixeira dos Santos considerava um crescimento do PIB de 0,6% para 2009, escarnecendo da Oposição quando esta considerava uma tal previsão como fantasiosa, surge agora com um novo Orçamento, um Orçamento suplementar, que prevê não um crescimento mas uma recessão de 0,8% do PIB. E acrescenta que dadas as “incertezas” poderá ser obrigado a uma nova rectificação. Das certezas de ontem, num ápice, num golpe de mágica, passou-se para as incertezas de hoje.
Na verdade, não existem quaisquer “incertezas”, bem pelo contrário. Nunca existiu tanta certeza sobre o agravamento da situação económica (com uma dimensão nunca antes verificada) e social do País.

Acredito na mudança
















sábado, janeiro 10, 2009

o pior e mais anedótico ministro das finanças


O subsector Estado apurou um défice de 6,17 mil milhões de euros nos primeiros onze meses do ano, um valor que representa um agravamento de 12% face ao mesmo período de 2007.
Por sua vez, a despesa corrente primária registou um crescimento de 5.1%.
Nos primeiros onze meses de 2008, a receita fiscal registou um crescimento de 1.4% face a igual período do ano anterior. Para este resultado contribuíram os impostos directos com um crescimento de 6,8% (IRS 4,7% e IRC 10,8%).
Por sua vez, a receita não fiscal (3,924 mil milhões de euros) registou uma variação de 19,9%. Este acréscimo está influenciado pela contabilização em “outras receitas de capital” da parte da verba paga pela EDP, por contrapartida da transmissão de direitos de utilização do domínio hídrico. (DGO Boletim Novembro 2008)
A esta receita não fiscal paga pela EDP chama-se receita extraordinária, receitas extraordinárias tão criticadas por Sócrates quando oposição.

teixeira dos Santos bate record

Teixeira dos Santos classificado como o pior ministro das Finanças da União Europeia
O
ministro de Estado e das Finanças português foi classificado na última posição da tabela do jornal britânico 'Financial Times' relativamente ao desempenho dos ministros das Finanças europeus, tendo recebido baixas notas nas áreas de Política e Economia. (DE 10.01.09).
OCDE
Agora foi a OCDE que “recomenda” ao Estado português que recorra a Entidades Independentes para a elaboração das previsões económicas e elaboração do Orçamento de Estado uma vez que as emanadas do ministério das finanças não se tornam credíveis pelo disparatado exagero optimista.
É o maior atestado de incompetência que pode ser atribuído a Teixeira dos Santos e à sua equipa ministerial.
Clima económico
O indicador de clima económico prolongou em Dezembro o movimento descendente dos seis meses anteriores, registando um novo mínimo histórico para a série iniciada em 1989. No mês de referência, assim como nos dois meses anteriores, todos os indicadores de confiança sectoriais apresentaram um andamento negativo, especialmente intenso na Indústria Transformadora. (INE)
Crise nas exportações
Os primeiros números para as exportações portuguesas de mercadorias acumuladas entre Janeiro e Outubro são preocupante.Aparentemente, foram ao fundo. Considerando as vendas para a União Europeia, há um recuo de 0,4%, algo inédito, pelo menos desde 1993. (DE)

STOP MASSACRE























sexta-feira, janeiro 09, 2009

Palavra de catedrático


Diário dos Açores 15.11.08 - O economista João César das Neves afirmou ontem à Lusa que a estagnação da economia portuguesa no terceiro trimestre é um sinal positivo que afasta o "cenário dramático" de recessão que se andava a anunciar.
"Para já, contraria aquele barulho que se fez há tempos quando se dizia que ia haver uma recessão em Portugal no final do ano, com o terceiro e os quarto trimestres negativos", acrescentou. Segundo César das Neves, os números mostram que a economia portuguesa "parou"."A economia já andava a crescer muito pouco e agora parou", sintetizou. O professor universitário prevê, face a estas estimativas, que no próximo ano a economia portuguesa continue parada, com crescimentos ou quedas muito próximas do zero.

Palavra de governador


Lisboa, 09 Dezembro 2008 (Lusa) - O Governador do Banco de Portugal disse hoje que a economia portuguesa não se encontra em recessão técnica, reagindo aos números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística que apontam para uma queda da economia no terceiro trimestre. "Portugal não está em recessão técnica, a Europa está", disse o Governador no almoço promovido pela Câmara do Comércio e Indústria Luso-espanhola."

08.10.08 - O GOVERNADOR do Banco de Portugal disse ontem que a economia nacional deverá escapar à recessão devido à crise financeira mundial, embora não fique “imune” aos efeitos desta.
“Estamos numa posição de seguir mais ou menos o crescimento médio da área do euro, nomeadamente em
2009. Não penso nisso (sobre uma eventual recessão)”, disse Vítor Constâncio durante a abertura do 18º Encontro de Lisboa com as delegações dos PALOP e de Timor-Leste à Assembleia Anual do FMI/Banco Mundial.

15.07.08 - O governador do Banco de Portugal afastou esta terça-feira a hipótese de uma recessão económica em Portugal e até na Europa. Victor Constâncio esteve na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, onde apresentou o boletim económico de Verão da instituição.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Socrates – um artista inigualável


Em 26 de Outubro ultimo, colocámos aqui um Post intitulado Orçamento 2009 - um orçamento mistificador – onde considerámos como pura fantasia o valor do crescimento previsto pelo governo para 2009 de +0,6% do PIB.
Reproduzimos aqui o que então escrevemos:

Desde 2001, que o crescimento económico do País (reflectido no PIB) tem acentuado a divergência com os países da União Europeia.O Euroststat prevê para 2009 um crescimento médio do PIB para os países da UE de apenas 0,2%.O Orçamento de Sócrates para 2009 prevê um crescimento de 0,6%. Isto é, um crescimento triplo do que é estimado para os restantes países da UE.Esta pretensão é mais do que uma fantasia. Uma idiotice, não fosse o seu propósito mistificador. Estimamos que Portugal não escapará a uma recessão de pelo menos 1%. Neste sentido, serão igualmente fantasiosas as previsões de Ferreira Leite quando admite um crescimento máximo de 0,3%.

Hoje, acabam de serem anunciadas as previsões do Banco de Portugal que estimam uma recessão para Portugal em 2009 de 0,8%, isto é, um valor de crescimento negativo do PIB (-0,8%).
Claro que esta previsão, vinda de quem vem, não deixará de ser demasiado optimista, pelo que os portugueses poderão esperar para 2009 um recessão muito superior a 1%.

Sem dúvida que a entrevista de ontem do primeiro-ministro teve como objectivo preparar a opinião pública para as catastróficas notícias anunciadas hoje no Boletim Económico de Inverno pelo Banco de Portugal que, inusitadamente, mereceu até uma “Declaração Inicial do Governador”.

Temos como certo, na verdade, que a crise em que o País tem vivido se acentuou a partir de 1995, tornando-se crónica a partir de 2001, alcançando-se no último ano deste período, um catastrófico aumento da despesa corrente primária de cerca de 6% do PIB. Aumento este que sem interrupção,ano após ano, se vem acentuando desde então.
Esta a razão pela qual, a governação Sócrates se vê incapaz de combater a crise global importada (e que se adiciona à “nossa”) utilizando um dos principais instrumentos económicos de que se socorrem os seus parceiros europeus - a diminuição dos impostos. Na verdade, a “nossa crise”, limita a capacidade de um governo neoliberal como o de Sócrates enveredar por tal caminho. Por estas razões, os portugueses poderão esperar seguramente, uma crise económica e social muito mais gravosa do que aquela que se vive nos outros países da comunidade europeia.
Não deixa por outro lado de ser caricato, ouvir hoje nos meios de comunicação social os economistas do sistema afirmarem não lhe causarem qualquer espanto as previsões do Banco de Portugal e a entrada do País em recessão. Tudo isto quando em Outubro, há três meses apenas, acompanhavam o primeiro-ministro na certeza de um crescimento para 2009 de 0,6% do PIB. Até Ferreira Leite admitia, quando à época entrevistada, um crescimento de 0,3%!!!
Una impactante pintada en la ciudad de Belén, muy cerca del muro construido por Israel, de paso obligatorio para salir de la ciudad rumbo a Jerusalem.

Cuerpos sin vida de niños en el hospital de Shifa en Gaza, muertos cuando un tanque israelí disparó contra la casa en la que vivían. (20 minutos)

domingo, janeiro 04, 2009

Sócrates ilusionista


Não se farta de pregar Sócrates, o governo e a submissa e idiota comunicação social, de que perante a crise, Portugal, está bem melhor que os outros. Ouvimos isto a toda a hora. Só que a verdade é bem diferente como pode ver-se pelos números do Eurostat e do INE.
La production industrielle corrigée des variations saisonnières1 a reculé de 1,2% tant dans la zone euro (ZE15) que dans l'UE27 en octobre 2008 par rapport à septembre 2008.
En septembre, la production avait diminué respectivement de 1,8% et 1,3%. (Eurostat 12.12.08)
A produção industrial registou, em Novembro, uma variação homóloga de -6,2% (-3,3% em Outubro), em resultado do comportamento negativo de todos os Agrupamentos Industriais, excepto o de Energia. A secção das Indústrias Transformadoras apresentou uma variação homóloga de -7,1% (-4,5% no mês anterior). (INE 31.12.08)

INVASÃO DE GAZA


Comentário de um leitor (do Blog portugaldospequeninos) que não segue o cânone nem foi "apanhado" pela imprensa e que sabe alguma história:

<<Diziam que o governo de Yasser Arafat não era democrático e por isso não era um interlocutor válido. Ora Arafat morreu (não se sabe até hoje muito bem de quê) mas morreu. E foram organizadas eleições livres nos territórios palestinianos, reconhecidamente livres pela dita comunidade internacional. Para espanto dela, o HAMAS ganhou as eleições e logo foi considerado uma organização terrorista com quem não se podia dialogar. Com quem pode Israel dialogar afinal?
Deve também dizer-se que quem violou a trégua entre Israel e o HAMAS foi Israel pois não cumpriu a sua parte do acordo que era levantar o bloqueio a Gaza. E durante a trégua Israel assassinou 49 palestinianos na Faixa de Gaza sem um único rocket do HAMAS!!!
Agora, aproveitando o vazio de poder nos EUA, o governo de Israel ataca em força a pensar nas próximas eleições legislativas. Claro que a propaganda sionista aproveita todos os meios ao seu dispor, e que são muitos, para se fazer vítima de uma agressão. Mas é preciso, honestamente, olhar para trás e verificar o que se passou desde 1948. Infelizmente a memória das pessoas é fraca e talvez já não se recorde de todos os atentados terroristas cometidos pelos judeus (o povo eleito) contra os ingleses durante o mandato britânico na Palestina. Só a explosão do Hotel King David, em Jerusalém provocou cerca de 100 mortos! E quem fez o Hotel ir pelos ares não foram os palestinianos, mas os judeus, para apressar a criação do Estado de Israel.>>
(do blog portugaldospequeninos)

sábado, janeiro 03, 2009

FOTOGALERÍA: La masacre de Israel (20 minutos)


Matanza en Gaza
El ejército israelí ha lanzado sobre la Fraja de Gaza el ataque más cruento en las últimas cuatro décadas, matando a más de 300 palestinos.

Varios niños de una misma familia, muertos por el impacto de un misil israelí en Beit Lahiya, al norte de la Franja de Gaza. Más de 350 palestinos han muerto durante la ofensiva israelí en esa zona.

Preparando el caos. Fuerzas de defensa israelíes preparan unos tanques cerca de la frontera con la Franja de Gaza, como preludio a una posible operación terrestre, parte de la operación Plomo Fundido.
Tanques contra tirachinas. Un joven palestino lanza piedras a soldados israelíes durante una protesta contra el ataque aéreo sobre la franja de Gaza. (20 minutos)

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Não há palavras…




Perda dos salários reais dos trabalhadores em especial os da função pública em cerca de 4% nestes últimos três anos de governação Sócrates.

Aumento dos anos de trabalho para obtenção da reforma e diminuição do seu valor.

Congelamento de salários e restrições ao topo da carreira à maioria dos trabalhadores da função pública.

Aumento dos custos de Saúde com aumento das taxas moderadoras e diminuição do valor das comparticipações das análises clínicas.

Aumento de IRS para a generalidade dos trabalhadores (25,7% desde 2004)

Aumento de IRS aos deficientes

Aumento de IRS aos reformados.

Aumento generalizado dos impostos (28,4% desde 2004)

Aumento do preço dos medicamentos por cortes de percentagens das comparticipações.

Aumento dos custos de bens de primeira necessidade e estratégicos da economia, (electricidade, telecomunicações, combustíveis, Auto-estradas, …) permitindo a especulação e o cartel das grandes empresas destes sectores económicos estratégicos.

Aumento do custo do internamento hospitalar.

Restrições no acesso à saúde com encerramento de serviços hospitalares.

Agravamento das condições laborais da generalidade dos trabalhadores com a aplicação do novo Código do Trabalho.

Aumento da precariedade do trabalho (o novo CT aumenta de 3 para 6 anos a precariedade).

Agravamento do custo da Justiça.

Aumento do desemprego.




Depois de todo este rol de medidas anti-sociais, levadas a cabo por Sócrates, nestes três últimos anos, como é possível ouvir isto?

“Nos últimos 30 anos, não me lembro de terem sido criadas tantas políticas sociais como com este Governo”, frisou o secretário-geral do PS que manifestou-se orgulhoso por liderar um Executivo “com consciência social”, destacando que nos últimos três anos e meio aumentaram os valores do abono de família, dos passes escolares, a abrangência da acção social escolar, as deduções fiscais para os créditos à habitação e desceu o Imposto Municipal Sobre Imóveis (dos jornais)