sexta-feira, julho 31, 2009

Programa do Governo Socialista


O verdadeiro, o genuíno Programa de governo do PS não saiu agora, saiu há mais tempo, saiu dia após dia, semana após semana, mês após mês ao longo destes ruinosos, desastrosos, miseráveis anos de governação sócretina.
Perda dos salários reais dos trabalhadores em especial os da função pública em cerca de 4% nestes últimos anos de governação Sócrates
Aumento dos anos de trabalho para obtenção da reforma e diminuição do seu valor
Congelamento de salários e restrições ao topo da carreira à maioria dos trabalhadores da função pública
Aumento dos custos de Saúde com aumento das taxas moderadoras e diminuição do valor das comparticipações das análises clínicas
Aumento de IRS para a generalidade dos trabalhadores (25,7% desde 2004)
Aumento de IRS aos deficientes
Aumento de IRS aos reformados
Aumento generalizado dos impostos (28,4% desde 2004)
Aumento do preço dos medicamentos por cortes de percentagens das comparticipações
Aumento dos custos de bens de primeira necessidade e estratégicos da economia, (electricidade, telecomunicações, combustíveis, Auto-estradas, …) permitindo a especulação e o cartel das grandes empresas destes sectores económicos estratégicos
Aumento do custo do internamento hospitalar.Restrições no acesso à saúde com encerramento de serviços hospitalares
Aumento do desemprego (cerca de 10% o valor da taxa de desemprego)
Agravamento das condições laborais da generalidade dos trabalhadores com a aplicação do novo Código do Trabalho
Aumento da precariedade do trabalho (o novo CT aumenta de 3 para 6 anos a precariedade)
Agravamento do custo da Justiça
Aumento do Défice Publico (este ano de 2009 deverá rondar os 8%)
Aumento da Dívida Externa passou de 60% em 2004 para 100% do PIB em 2009
A Divida Publica subiu de 60% do PIB em 2004 para 86% em 2009 (OCDE)
A Despesa Publica aumentou em termos reais de 2,24% desde 2004

quinta-feira, julho 30, 2009

(augusto cid)

não há vergonha


O homem, que nestes últimos quatro anos foi o carrasco da classe média, não tem vergonha de lhe prometer agora, em vésperas de eleições, umas pequenas migalhas.

CAÇA AO VOTO


200 euros

Em PPRs, nem sequer em Certificados de Aforro, os Bancos agradecem.

terça-feira, julho 28, 2009

A atracção do poder


Foram muitos os Bloggers que foram ao beija-mão de Sócrates. O poder, mesmo quando ele é mesquinho, traiçoeiro, trapaceiro, ardiloso, arrogante e grosseiramente inculto, atrai sempre uns tantos, mesmo aqueles que sentem alguma repulsa por ele.

Para Sócrates, foi apenas mais uma operação de marketing político.

A IMAGEM DO DIA


CRISE,… QUAL CRISE?


Os três administradores executivos da Parpública, empresa pública responsável pela gestão do universo empresarial do Estado, foram contemplados, em 2009, com prémios de gestão de 176,5 mil euros, referentes ao exercício de 2007. Por sete meses de funções, João Plácido Pires, presidente da Parpública, recebeu um prémio extra de 67 896 euros e António Albuquerque e José Castel-Branco, ambos vogais executivos, contaram cada um com uma remuneração extra de 54 317 euros. No ano a que diz respeito a atribuição destes prémios de gestão, a Parpública apresentou um lucro de 162 milhões de euros, quatro vezes menos do que os 638 milhões de euros registados em 2006.

Os prémios de gestão foram concedidos aos três administradores executivos da Parpública em Janeiro de 2009, por despacho do secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, segundo revelou João Plácido Pires na assembleia geral da Parpública realizada a 30 de Abril deste ano. Por isso, os prémios de gestão, ainda que sejam relativos a sete meses de 2007, só foram pagos em 2009.

A par dos prémios de gestão, os gestores executivos têm remunerações-base de valor superior aos salários do primeiro-ministro e do Presidente da República: o presidente executivo da empresa João Plácido Pires ganha por mês 9699 euros e os vogais executivos António Albuquerque e José Castel-Branco recebem cada um 7759 euros. (CM)

segunda-feira, julho 27, 2009

sem responsabildades


Dois dos seis doentes que ficaram cegos devido a um tratamento oftalmológico, devem recuperar a visão, admitiram hoje os especialistas que estão a acompanhar o caso.

É espantoso como a comunicação social, face a este horrível “desleixo” não exige responsabilidades a ninguém. Nem aos médicos, nem ao director do Hospital, nem ao director geral da Saúde, nem à ministra, nem ao primeiro-ministro.
Não, a coisa não devia ter acontecido e apenas se lamenta que os pacientes fiquem cegos.
Cega, politicamente cega, anda a comunicação social.

50%


Apenas um terço dos 300 milhões de euros que o Estado gastou em serviços de telecomunicações em 2007 e 2008 foi adjudicado através de concursos públicos, revelou à Lusa o presidente da Associação dos Operadores de Telecomunicações (APRITEL).
O responsável adiantou ainda que nos serviços que foram comprados por concurso público "houve uma redução superior a 50 por cento do custo", o que o leva a concluir que "há todo o interesse do Estado em promover mais concursos públicos para a aquisição de serviços". (Publico)

quarta-feira, julho 22, 2009

OS FILHOS DA POLÍTICA


No actual estado de degradação das estruturas partidárias, em que a militância desinteressada e a adesão político-ideológica é quase irrelevante em relação à carreira aparelhística, os partidos no seu interior são verdadeiras escolas de tráfico de influência, de práticas pouco democráticas como os sindicatos de voto, de caciquismo, de fraudes eleitorais, de corrupção.
Um jovem que chegue hoje a um partido político por via das "jotas" entra numa secção e encontra imediatamente um mundo de conflitos internos em que as partes o vão tentar arregimentar. Ele pode esperar vir para fazer política, mas vai imediatamente para um contínuo e duro confronto entre uma ou outra lista para delegados a um congresso, para a presidência de uma secção, para uma assembleia distrital, em que os que já lá estão coleccionaram uma soma de ódios. Ele entra para um mundo de confrontação pelos lugares, que se torna imediatamente obsessivo.
Não lhe custa muito perceber que neste meio circulam várias possibilidades de ter funções cujo estatuto, salário e poder são muito maiores e com menos dificuldades do que se tiver que competir no mercado do trabalho, e tiver que melhorar as suas qualificações com estudos e cursos mais árduos. Por via partidária, ele acede à possibilidade de ser muita coisa, presidente de junta, assessor, entrar para uma empresa municipalizada, ir para os lugares do Estado que as estruturas partidárias consideram "seus" como sejam as administrações regionais de saúde, escolares, da segurança social. E por aí acima.
Veja-se uma biografia típica de aparelho partidário. Nascimento num meio rural, frequência de curso, abandono do curso "por funções políticas", nalguns casos terminado depois numa instituição de ensino superior privada sem grande reputação de exigência. Típica profissão, por exemplo, "consultor jurídico". Pouco depois de chegar às "jotas" já é chefe de projectos num programa público, por nomeação de um secretário de Estado da juventude (o delegado das "jotas" no governo), adjunto numa câmara municipal, depois vereador . Como vereador dirige-se para os lugares de grande confiança política, urbanismo, candidaturas a fundos europeus, contratos-programa. Depois acumula com as empresas municipalizadas. Está a caminho de ser deputado, e eventualmente secretário de Estado numa área em que também é necessário a máxima confiança partidária, juventude, segurança social, comunidades. Ele sabe o que tem que fazer: gerir lealdades e obediências, empregar membros do partido em funções de chefia, subsidiar aquela instituição de solidariedade nacional "das nossas", "ajudar" o partido na terra X ou Y, a começar por aquela de onde vem.
Tudo isto ainda na faixa dos vinte, trinta anos. O grosso da sua actividade têm a ver com um contínuo entre o poder no partido e o poder na câmara municipal, ou no governo, um alimentando o outro. Com a ascensão na carreira, tornou-se ele próprio um chefe de tribo. Pode empregar, fazer favores, patrocinar negócios, e inicia-se quase sempre aqui no financiamento partidário e no perigoso jogo de influências que ele move. Como dirigente partidário ele é o chefe de um grupo que dele depende e que o apoia ou ataca em função dos resultados que tiver, em apoios, prebendas, lugares, empregos, oportunidades de negócios. Começa a enriquecer, a mudar o seu trem de vida. Já há muito que se habituou a ter carro, telemóvel, almoços pagos ou na função ou pela estrutura do partido que lhe dá um cartão de crédito para "trabalho político". Paga do seu bolso muito pouca coisa e conhece todas as formas de viver gratuitamente. Um amigo empreiteiro arranja-lhe uma casa a preço mais barato.
(Pacheco Pereira no Abrupto)

domingo, julho 12, 2009

o neoliberalismo, o empobrecimento e as desigualdades


Ao que parece, a presente crise financeira, económica e social, não trouxe quaisquer ensinamentos às elites políticas que governam este mundo. Nem outra coisa seria de esperar. Enfrentar a crise com roturas e alternativas politicas e económicas seria desdizer o que sempre apresentaram como a única e infalível estratégia de desenvolvimento económico – a estratégia neoliberal e as suas “indispensáveis reformas”. Continuam a propagandear a necessidade de reformas e a culpabilizar “ os reguladores e o espírito de ganância” como causadores da crise. As elites políticas mundiais confundem-se hoje com os interesses das oligarquias mundiais, são uma única “classe social”, trocam lugares de governo por lugares de administração dos grandes grupos económicos e financeiros num constante e promíscuo vaivém, não demonstrando a menor preocupação pela degradação das condições de vida dos povos.

Será bom repetir que segundo o relatório da Unctad (United Nations Conference on Trade and Development) de 1997, o crescimento mundial, reduziu-se de cerca de 4% ao ano nos anos 70, para cerca de 3% nos anos 80, e 2% nos anos 90. Por outro lado, afirma o Relatório da EU “a parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta”.
Na verdade, o neoliberalismo e as suas politicas, nestas últimas décadas, trouxeram uma constante redução do crescimento económica e paralelamente maiores desigualdades sociais e um maior empobrecimento dos povos. É este o resultado da aplicação das políticas económicas e sociais do neoliberalismo que culminou agora com a crise porque passamos.

Propagandeiam hoje os governantes que o “ vencer” da crise, acarretará mais restrições no bem-estar dos cidadãos, sugerem que terão que suportar mais sacrifícios e as “indispensáveis reformas” que se traduzirão, como sempre, e na lógica neoliberal, em mais cortes sociais. E apresentam tudo isto, como uma fatalidade insuperável.

Para os líderes políticos nacionais, Portugal terá forçosamente que seguir este mesmo caminho, ou afastar-se-á irremediavelmente da “modernidade”. Pouco importa que a economia nacional seja constituída em sua esmagadora maioria por micro, pequenas e médias empresas, que haja meio milhão de desempregados, 20% de pobres e uma classe média empobrecida e a caminho da proletarização.
A”globalização” determina por um lado, empresas competitivas internacionalmente, com dimensão capaz, que exportem seus produtos, enquanto por outro, exclui e sacrifica as velhas indústrias nacionais e alheia-se das pequenas e médias empresas responsáveis por 75% do emprego nacional. Todas as atenções do governo estão centradas nas grandes empresas a que nunca faltam incentivos e apoios.

Com crescentes recursos técnicos e novas conquistas do conhecimento, mantendo-se, como acontece, a população estável nos países industrializados, com crescimentos económicos ano após ano (ainda que em regressão), não haveria razão alguma para uma descida dos padrões de vida dos cidadãos. Mas essa razão existe e reside nas desigualdades cada vez mais acentuadas da distribuição da riqueza produzida, consequência das políticas anti sociais do neoliberalismo.

sábado, julho 11, 2009

ELES COMEM TUDO...

A administração dos CTT presidida por Carlos Horta e Costa atribuiu, em 2004 e 2005, prémios e incentivos no valor de 1 970 857 euros e 1 833 757 euros, respectivamente. Isto quando, em 2003, o valor total desses prémios tinha ficado pelos 60 454 euros.
Segundo o CM apurou, num dos casos investigados pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, o valor do prémio entregue a um alto quadro dos CTT em 2003 (processado em 2004) ascendeu aos 47 923 euros, montante que ultrapassa o valor autorizado pela tutela para os administradores.
Ao mesmo tempo, sabe o CM, os despachos de atribuição destes prémios – que os restantes elementos do Conselho de Administração (CA) dos CTT afirmam ser decididos por Horta e Costa – nunca foram fundamentados, nem baseados na avaliação de desempenho.
Ao mesmo tempo, no período em que Horta e Costa presidiu o CA dos CTT foram admitidos 57 quadros superiores, a maior parte dos quais contra as disposições do Acordo de Empresa em vigor. Por exemplo, muitos dos nomeados para cargos de direcção de primeira linha – que respondiam directamente à Administração – ou de responsabilidade intermédia não celebraram o indispensável acordo escrito de comissão de serviço.
Aliás, alguns dos quadros admitidos tinham apenas o 12º ano de escolaridade e não foi encontrada qualquer prova de formação profissional para o exercício das funções atribuídas. A investigação da PJ mostrou ainda que, no que diz respeito aos quadros que já estavam nos CTT, foram verificados aumentos de vencimentos na ordem dos dois mil euros mensais.
MILHÃO DE EUROS BRANQUEADO
Segundo o CM apurou, a tentativa de localizar o destino dado ao milhão de euros em notas, levantado a 20 de Março de 2003, na Agência do BCP da Batalha – dia da escritura do ‘prédio de Coimbra’ – conduziu os investigadores à sede do BPN e da Fincor, em Lisboa. Nas buscas foram apreendidos elementos bancários suspeitos que indiciam branqueamento desse montante através do BPN, Banco EFISA, BPN Cayman e Banco Insular.
PORMENORES
OFFSHORES SUSPEITAS
A resposta do BPN aos investigadores dissipou algumas das suspeitas iniciais sobre o branqueamento de um milhão de euros através daquele banco. No entanto, mantêm-se as dúvidas sobre cinco offshores titulares das contas, nas quais o dinheiro foi movimentado. (CM)
Dos palestinos semidesnudos y esposados cerca de Latrun son vigilados por militares israelíes. (Elpais)
Abu Ghraib
Obama