sábado, janeiro 30, 2016

capitalismo neoliberal


As políticas adoptadas pelo governo anterior de direita em sintonia com as forças que lideram a União Europeia aumentaram as desigualdades e tornaram pobres os remediados e mais pobres os pobres, ao mesmo tempo que tornaram mais ricos os ricos.
Agora, ao contrário do que muitos ricos pensam, como dizia Keynes, a miséria não é só nefasta para os pobres ela também é nefasta para os ricos.

A contradição que entorpece hoje o capitalismo neoliberal, com crescimentos praticamente nulos ou mesmo recessivos, reside em que sendo a Procura de bens e serviços satisfeita na sua esmagadora maioria pelas classes populares, trabalhadores e classe média, foram e são precisamente estas classes a quem foram retirados e diminuídos os rendimentos.
E, no capitalismo, foi e será sempre a maior procura de bens e serviços o que determina um maior crescimento.

Dêem as voltas que derem, formulem as teorias que formularem, certo é que enquanto não inverterem as políticas da “austeridade” e do “empobrecimento virtuoso” jamais o país e a europa do euro crescerão economicamente. 

 

quarta-feira, janeiro 27, 2016

O Garrote(II)



As agências de rating são uma criação do poder financeiro internacional e desenvolvem as suas intervenções com o único objectivo de proteger e fortalecer os interesses desse poder financeiro.

Manipulando ou falseando dados e cenários económicos à medida das suas conveniências de momento pouco lhes importando que os seus pareceres de hoje sejam desmentidos categoricamente algum tempo depois (a atribuição das mais altas classificações aos activos financeiros tóxicos da dívida do subprime são disso um dos melhores exemplos). A manipulação é propagandeada num momento preciso e é isso que lhes importa.

As agências de rating são uma poderosa arma do poder financeiro internacional usada para manipularem os juros da dívida pública e desse modo imporem aos países as políticas nacionais (orçamentais) que mais servem os interesses dos seus mandantes. Neste sentido todos os países economicamente mais débeis do euro trazem um garrote ao pescoço que é alargado ou apertado consoante as políticas dos governos se aproximem ou afastem da satisfação dos tais poderosos interesses financeiros e económicos.
Portugal não é excepção, mesmo com um governo da família socialista europeia. Basta um pequeno abrandamento da austeridade como o governo se comprometeu, para se sentir a imediata inquietação do poder financeiro. Para quem ainda não entendeu, a austeridade não é outra coisa senão a operação pela qual tal poder obriga os países a transferirem rendimentos das classes populares (trabalhadores e classe média) para os seus bolsos. Antigamente chamava-se a isto luta de classes e apropriação (exploração), de uma classe, a mais poderosa, dos rendimentos do trabalho da outra.

segunda-feira, janeiro 18, 2016

o garrote


Depois do golpe de estado aplicado à Grécia pela União Europeia e pelas suas Instituições tornou-se evidente que estando a actual UE a ser governada de facto por uma tecnocracia ao serviço dos interesses de uma pequena, mas poderosa, minoria de poderes económicos e financeiros será mais do que lógico pensar que tais forças jamais permitirão que qualquer país actue de forma independente e favorável aos seus interesses, aos interesses da sua população. A arma de que dispõem será a manipulação dos juros da dívida pública (quer através do BCE, quer através da agências de rating e ou auxiliados também nesse propósito pelos centros de comunicação social de referência).
Todos os países economicamente mais débeis do euro trazem um garrote ao pescoço que é alargado ou apertado consoante as políticas dos governos desses países se aproximem ou afastem da satisfação dos tais poderosos interesses económicos.
Portugal não é excepção, mesmo com um governo da família socialista europeia. Em breve conheceremos se tal aperto já começou ou não (de qualquer modo mais tarde do que pretendia a PáF).

segunda-feira, janeiro 11, 2016

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